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Boas novas do INE

Boas novas do INE

Os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a economia portuguesa cresceu 2,8%. Depois da forte aceleração no segundo semestre de 2016, a atividade económica volta a surpreender pela positiva, bate todas as estimativas, supera largamente o crescimento da UE e da Zona Euro e apresenta o maior crescimento da última década.

Opinião de:

Boas novas do INE

Se a isto juntarmos os dados do emprego, com mais de 150 mil empregos criados num ano, sobretudo contratos sem termo, e os resultados na frente orçamental, com o défice mais baixo da democracia, é inevitável concluir que Portugal vive hoje, pela primeira vez em muitos anos, uma recuperação robusta e sustentável em termos sociais, económicos e financeiros.

O consumo privado cresce acima dos 2%, mas de forma sustentável, porque assenta na recuperação dos rendimentos e do emprego, que promovem a coesão social e a confiança. Ao contrário do que muitos vaticinavam, o crescimento dos salários e a devolução do rendimento cortado às famílias portuguesas não afetou a nossa competitividade, constituindo aliás um pilar essencial da recuperação económica atualmente em curso.

O investimento também cresce de forma robusta, assentando quer em máquinas e equipamentos, quer em material de transporte, quer na construção, que finalmente parece ter arrancado. Isto são excelentes notícias para assegurar que o atual crescimento se mantém ao longo do tempo, por via do aumento do PIB potencial. A aceleração da execução dos fundos europeus permite antecipar que o investimento acelere ainda mais.

Na frente externa os sinais são animadores: apesar do forte crescimento económico, as exportações de bens e serviços crescem muito mais do que as importações e as empresas portuguesas ganham quota de mercado. Como o PS sempre defendeu, a nossa competitividade não tem de assentar na degradação de direitos e salários. Portugal pode crescer sem degradar as condições de vida dos seus trabalhadores. É o que está a acontecer.

Mais e melhor emprego, mais e melhor crescimento. Os resultados que têm vindo a ser conhecidos reforçam a confiança nas políticas do Governo e da maioria que o suporta e permitem encarar o futuro com redobrada confiança na alternativa que está a ser seguida.