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Boa governação não pode ser sacrificada ao eleitoralismo

Boa governação não pode ser sacrificada ao eleitoralismo

Não será seguramente por ser ano de eleições que vamos sacrificar a boa governação ao eleitoralismo, garantiu o Secretário-geral socialista, ao encerrar junto à barragem do Alqueva, em Moura, as Jornadas Parlamentares do PS dedicadas às políticas para o desenvolvimento do interior.

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Boa governação não pode ser sacrificada ao eleitoralismo

Assumidamente convencido de que “todos partem para esta negociação do [Orçamento do Estado para 2019] com o mesmo espírito construtivo”, António Costa disse querer manter os parceiros da solução governativa, avisando, porém, que no último ano de legislatura não se pode deitar abaixo o que foi conquistado.

“Não vai ser seguramente por ser o último ano da legislatura que vamos pôr em causa tudo aquilo que conquistámos duramente ao longo dos três últimos três anos”, advertiu, frisando que “o próximo orçamento precisa de continuidade na estabilidade das políticas”.

E acrescentou que Portugal “não espera nem deseja qualquer mudança”, pelo que, enfatizou: “É nesse sentido que iremos construir o Orçamento para 2019”.

No seu discurso, o líder do PS começou por vincar que o Partido, no momento em que se prepara para entrar em novas negociações, não se arrepende da solução governativa encontrada com o apoio dos parceiros parlamentares de esquerda.

Disse mesmo que o PS “não quer mudar, nem o PS mudou”.

“É uma negociação orçamental para a qual partimos com espírito construtivo no sentido de encontrar resposta para as necessidades do país”, prosseguiu, apontando não ter memória de “nenhum anterior orçamento que tivesse sido fácil”, mas também não ter visto “nenhum que fosse impossível”.

Neste contexto, Costa afirmou depois não acreditar que o PEV, o PCP ou o Bloco de Esquerda “queiram pôr em causa aquilo que tem sido o sucesso desta solução governativa”.

Continuar a governar bem é possível

“Se já provámos que era possível governar bem, com crescimento económico, ao mesmo tempo que temos finanças públicas saudáveis, por que iríamos agora pôr em causa no último ano da legislatura aquilo que já provámos em três sucessivos orçamentos?”, questionou, lamentando que a direita tenha habituado o país a sucessivas retificações orçamentais.

E lembrou de seguida que “esta maioria não teve nenhum orçamento retificativo”, não avistando, por isso, motivos “para retificar agora o que temos feito bem ao longo destes três anos”.

Neste ponto, alertou ainda para que “o mundo não acaba com esta legislatura”, reafirmando a confiança do PS na solução governativa encontrada à esquerda, “porque ela provou que era possível construir uma política estável e conseguiu executar um programa que alguns temiam que não fosse possível”.

A favor temos provas dos resultados

Segundo António Costa, o Governo tem a seu favor “a prova dos resultados”.

“E esses resultados existem, não só no défice, no emprego, na redução da dívida, mas também com melhor escola pública e defesa do Serviço Nacional de Saúde”, salientou, referindo que “esses são os sucessos que contam”.

A terminar, Costa reafirmou a determinação socialista em continuar a honrar o compromisso de prosseguir o trabalho por um futuro sustentável para Portugal.