Avançar na erradicação da pobreza é compromisso que o PS vai prosseguir
No discurso proferido este domingo no comício realizado na Praça do Município, na cidade da Guarda, António Costa reafirmou a ambição de erradicar a pobreza.
“A ambição que nós temos, na próxima legislatura, é avançarmos mais no objetivo de erradicar a pobreza. E se há pobreza que nós temos que erradicar é a pobreza que atinge os mais idosos, que são aqueles que estão mais frágeis, são aqueles que mais dependem dos outros”, afirmou o líder socialista.
“E, por isso, temos um objetivo muito preciso para a próxima legislatura. É elevar o complemento solidário para idosos até ao limiar da pobreza, para que (…) consigamos chegar ao fim dos próximos quatro anos e dizer ‘não há nenhum idoso que esteja em situação de pobreza no nosso país'”, avançou.
António Costa considerou que “foi muito importante que a confiança tenha regressado à sociedade portuguesa”, salientando o facto de o executivo socialista ter “estabilizado a perspetiva de rendimento de todos”, nomeadamente através da reposição dos cortes e aumento das pensões.
O Governo conseguiu, “em dois anos consecutivos, atualizações anuais do valor das pensões” e “dois aumentos extraordinários das pensões de mais baixo valor”, sublinhou o líder do PS.
António Costa salientou ainda a execução da obra de ligação da autoestrada A25 (Aveiro/Vilar Formoso) à fronteira espanhola, considerando que “melhorar as ligações transfronteiriças é aquilo que reforça o peso e a oportunidade que o interior constitui para ser atrativo para as empresas”.
A este propósito, o chefe do Governo destacou também os investimentos na rede ferroviária lançados pelo executivo socialista com vista a “assegurar melhores ligações com a Espanha e com a Europa”.
Hospital da Guarda é compromisso
Falando perante os muitos guardenses que participaram no comício, António Costa assumiu o compromisso de “descongelar” a segunda fase do hospital da Guarda e de “arrancar” com uma obra que “é fundamental para o futuro desta cidade”.
“E porque queremos que, quem cá viva [no interior do país], tenha tão boas condições de vida aqui como quem vive nos grandes centros urbanos do litoral, (…) assumimos o compromisso de descongelar a segunda fase do hospital da Guarda e arrancar com essa obra que é fundamental para o futuro desta cidade”.
Na sua intervenção, António Costa referiu-se igualmente à nova rede de comunicações 5G, que “simultaneamente se há de desenvolver, não só nos grandes centros urbanos, mas também nos centros urbanos de média dimensão”, disse.
“Porque nós é aqui [no interior] que temos de fazer o maior esforço de infraestruturas, para ser um território ainda mais atrativo para a fixação das populações”, afirmou.
No comício realizado junto do emblemático edifício do Hotel de Turismo da Guarda (que vai ser requalificado no âmbito do programa Revive), e que contou com a participação de Ana Mendes Godinho, cabeça-de-lista do PS pelo círculo eleitoral do distrito e atual secretária de Estado do Turismo, António Costa afirmou que o turismo “é fundamental” para o desenvolvimento das regiões do interior.
Mais alunos do interior no ensino superior
Na cidade da Guarda, o Secretário-geral do PS destacou que, nos últimos quatro anos, o número de alunos colocados nas universidades e nos politécnicos do interior do país aumentou 13%, em virtude das medidas do Governo, nomeadamente na criação de “mais condições de atratividade no interior” e no “reforço significativo” das vagas em todos os estabelecimentos de ensino superior situados no interior do país.
“E se, em todo o país, aumentaram o número de estudantes do ensino superior inscritos nas universidades e nos politécnicos, o maior crescimento, 13% ao longo destes quatro anos, foi precisamente nas universidades e nos politécnicos do interior, porque estamos a chamar nova juventude, novos quadros para estes territórios”, sublinhou António Costa.
Este aumento, segundo o líder socialista, deve-se também à política de aumento dos rendimentos das famílias portuguesas implementada pelo Governo do PS.
“Hoje, felizmente, as famílias portuguesas têm melhores condições para investir mais na educação dos seus filhos. E muitos daqueles, que tinham abandonado os seus estudos, estão hoje a regressar às universidades e aos politécnicos para poderem prosseguir os seus estudos”, realçou António Costa.