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Avaliação das escolas vai integrar observação de aulas

Avaliação das escolas vai integrar observação de aulas

O Ministério da Educação vai introduzir a observação de aulas no novo ciclo de avaliação das escolas com financiamento público.

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Avaliação das escolas vai integrar observação de aulas

O novo ciclo de avaliação das escolas vai incluir a “observação da prática educativa e letiva, a qual deverá incidir, preferencialmente, na interação pedagógica, nas competências trabalhadas e na inclusão de todos os alunos”, informa o Ministério da Educação (ME) em nota divulgada hoje.

Esta metodologia vai ser aplicada à rede de estabelecimento de ensino público, bem como às escolas profissionais privadas e colégios com financiamento público.

“Considerando que o processo de ensino/aprendizagem constitui o cerne da atividade da escola, foi integrada na metodologia a observação da prática educativa e letiva, a qual deverá incidir, preferencialmente, na interação pedagógica, nas competências trabalhadas e na inclusão de todos os alunos”, informa o ME.

No mesmo comunicado, o ME esclarece que se mantêm “a análise de documentação e de indicadores sobre a escola, a aplicação de questionários de satisfação a alunos, profissionais e encarregados de educação, bem como as visitas às escolas e a realização de entrevistas com diversos elementos das comunidades educativas”.

O sistema de avaliação externa, que se aplica aos “estabelecimentos públicos de educação e ensino – incluindo os do ensino artístico especializado, já anteriormente avaliados – passa a abranger, pela primeira vez, escolas profissionais privadas, estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com contrato de associação ou de patrocínio”. Outra novidade está no facto de “os restantes estabelecimentos de ensino particular e cooperativo poderem solicitar avaliação externa”, segundo divulga o ME.

O Ministério de Tiago Brandão Rodrigues esclarece que o novo ciclo de avaliação continuará sob a égide da Inspeção-Geral de Educação (IGEC) e “contempla quatro domínios: Autoavaliação, Liderança e Gestão, Prestação do Serviço Educativo e Resultados”.

A avaliação será efetuada por “equipas de avaliação são designadas pela IGEC”, sendo que “os peritos externos são docentes do ensino superior, público ou privado, ou investigadores, detentores de currículo relevante para a realização da avaliação externa, nomeadamente experiência de trabalho em funções de docência e coordenação ou direção em escolas”, pode ler-se no documento que explica a metodologia de avaliação.

O ME garante que o novo modelo será implementado “num quadro de estabilidade que potencia o conhecimento adquirido entre avaliadores e comunidades educativas”.

Conforme já defendeu o secretário de Estado da Educação, João Costa, a inclusão deve ser a ‘dimensão chave’ da avaliação das escolas, conferindo-lhe uma perspetiva mais abrangente.

“O que estamos a dizer é que uma escola não é boa apenas por um resultado que às vezes nem é conseguido na escola, é conseguido num centro de explicações no outro lado da rua, mas sim pelo trabalho que faz no progresso de cada aluno, na mobilidade social de cada aluno e no trabalho que faz com os alunos que à partida têm mais dificuldades”, disse João Costa.

Recorde-se que os ciclos de avaliação anteriores decorreram entre 2006 e 2011 e 2011 e 2017.