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Aumento do trabalho precário e baixos salários são legado da direita

Aumento do trabalho precário e baixos salários são legado da direita

Após meses a fio a ouvir Passos Coelho e Paulo Portas falar em recuperação económica e queda do desemprego, verifica-se que um em cada cinco trabalhadores por conta de outrem recebe apenas o salário mínimo nacional, correspondendo a perto de 20% do total dos trabalhadores.

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Por outro lado, a sobrevivência das empresas está em queda livre. Apenas uma em cada duas empresas nascidas em Portugal sobrevive após dois anos de existência, tendo por base dados de 2013.

Já no que diz respeito à estabilidade laboral, os dados mais recentes revelam que cerca de 700 mil pessoas trabalham com contratos a prazo.

Este vínculo atingiu, no início do verão passado, o valor mais alto desde que a troica chegou a Portugal em 2011.

A estes trabalhadores somam-se 128 mil que passam recibos verdes, elevando para mais de 800 mil o universo de pessoas com um vínculo precário.

O reforço das relações contratuais a prazo foi ainda acompanhado de uma redução do número de trabalhadores que estão nos quadros e de uma quebra na população ativa portuguesa por via da emigração ou do chamado desencorajamento.