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Assumir a inovação como grande motor de desenvolvimento do país

Assumir a inovação como grande motor de desenvolvimento do país

Tornar “sustentável e duradoura” a viragem que a economia portuguesa teve este ano, passa necessariamente por assumir a inovação como “o grande motor da estratégia de desenvolvimento”. Esta a convicção expressa pelo primeiro-ministro durante a apresentação do Roteiro Inovação.

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Assumir a inovação como grande motor de desenvolvimento do país

Na ocasião, António Costa lembrou que Portugal interrompeu a sua convergência com a União Europeia (UE) no ano 2000, tendo agora retomado essa rota.

“Queremos que 2018 seja o primeiro ano de uma década de convergência sustentada com a UE”, enfatizou, adiantando que o Governo socialista definiu uma estratégia para o Portugal pós-2020 no âmbito da qual foram fixadas “três metas muito ambiciosas, centradas na inovação”.

Congratulando-se com o lançamento do Roteiro da Inovação e do ‘Go Portugal’, o primeiro-ministro admitiu que 2017 deixou “uma pesada responsabilidade”.

“Foi o ano no qual saímos do procedimento de défice excessivo, começámos a reduzir a nossa dívida pública, tivemos o maior crescimento económico desde o princípio do século e fomos o terceiro país da UE que mais criou emprego”, recordou, frisando depois que a responsabilidade derivada deste contexto é “enorme” e extensível aos anos seguintes a 2018.

De seguida, defendeu que para tornar “sustentável e duradouro” o ano de viragem da economia portuguesa será fundamental assumir a inovação como o grande motor do desenvolvimento.

E sublinhou que as três metas definidas pelo Executivo são “condições absolutamente essenciais” para que a inovação seja “o centro da vida” e “seja efetivamente o motor” da estratégia de desenvolvimento.

Aumentar competências digitais, investimento e qualificação

Assim, continuar a rota do crescimento até 2030 implicará, de acordo com António Costa, a realização de três objetivos: aumentar as competências digitais da sociedade portuguesa, a intensidade de investimento na inovação e desenvolvimento e a qualificação dos recursos humanos.

Quanto à primeira meta, o primeiro-ministro propõe que, em 2030, nove em cada dez portugueses sejam utilizadores da internet.

Também no início da terceira década do século XXI Portugal deverá ser capaz de investir, disse, “3% do Produto Interno Bruto (PIB) em investigação e desenvolvimento”, isto é, “um terço com fundos públicos e dois terços com mobilização de investimento privado”.

Já no capítulo da qualificação dos recursos humanos, António Costa quer que o país chegue a 2030 com 60% de jovens de 20 anos no Ensino Superior, uma percentagem que atualmente fica por baixo dos 40%.

E insistiu novamente que este é “o maior défice que Portugal tem”, defendendo que o Governo tem de “continuar a trabalhar para o reduzir”.

De referir que na sessão de lançamento do Roteiro e após a reunião de Conselho de Ministros dedicada em exclusivo a este tema, foram assinados vários protocolos entre o Estado e um conjunto de entidades estrangeiras, visando a criação de parcerias internacionais que impulsionem ainda mais as práticas de inovação em Portugal.