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“As revoluções na Península Ibérica alargaram o espaço de influência das democracias"

“As revoluções na Península Ibérica alargaram o espaço de influência das democracias"

José Sócrates disse, em Berlim, ter o “privilégio” de pertencer a uma geração que viveu o 25 de Abril de 1974 em Portugal, a queda do Muro de Berlim e a abertura das fronteiras na Europa, considerando a Revolução dos Cravos pioneira em relação aos movimentos democráticos no leste europeu.

“Há muitos que dizem com justiça que as revoluções democráticas precursoras do movimento que levou à queda do Muro foram as revoluções ibéricas as revoluções democráticas em Portugal e em Espanha, e eu faço essa leitura histórica”, concordou o primeiro-ministro português, que acredita que as revoluções na Península Ibérica “alargaram o espaço de influência das democracias e contribuíram para que a ideia democrática florescesse e se desenvolvesse”.

José Sócrates acrescentou que as revoluções democráticas que se seguiram, culminando na queda do Muro de Berlim, “beberam na inspiração portuguesa e na inspiração espanhola”.

O chefe do governo português afirmou que a queda do muro, há 20 anos, “significou um novo paradigma mundial e obrigou todos os políticos a alterar o seu mapa mental” e a forma de entender o mundo: “alguns previram um mundo mais unipolar, mais concentrado ou concebido com base na paz americana, da concentração num único bloco, num único país, mais influente em todo o mundo”.

“Quem sai vitorioso deste movimento é o multilateralismo, as Nações Unidas e os valores da resolução pacífica dos conflitos através da negociação e da diplomacia”, concluiu José Sócrates.