As falácias do Governo
Tanto interesse pelas propostas do PS e tão pouco pelas dos partidos da maioria significa que os portugueses estão fartos do atual governo e olham o PS como única alternativa.
O PS já apresentou várias propostas, noticiadas pelo Acção Socialista Digital, que visam a valorização do território e da educação, a recuperação económica e social, a estabilização dos rendimentos das famílias, o combate à pobreza, a reabilitação urbana, a transparência na vida política, a melhoria dos serviços públicos… Para não fazer promessas que não possa cumprir e porque os problemas estruturais exigem um diagnóstico rigoroso e apurado estudo, o Secretário-geral António Costa definiu oportunamente as diferentes etapas do processo de elaboração do programa do PS e respetivo calendário. Apresentou a Agenda para a Década. Vai divulgar brevemente o Estudo macroeconómico preparado por um grupo de economistas. No dia 6 de junho, será conhecido o programa eleitoral, preparado pelo Gabinete de estudos. Trabalho sério e participado. Feito com as pessoas e para as pessoas.
Ao contrário do que o governo apregoa, os “frutos” dos sacrifícios impostos aos portugueses não prestam. Nestes quatro anos, Portugal recuou décadas em áreas fundamentais. A política de austeridade não resolveu nenhum problema, agravou os existentes e gerou novos problemas. O país está hoje menos competitivo, tem uma dívida pública mais elevada (130% do PIB), mais desemprego e mais desigualdades. Por radicalismo ideológico e incompetência, o governo desmantelou o Estado social, encerrou os serviços públicos de proximidade, cortou cegamente no serviço nacional de Saúde, na Educação e na Ciência. Os cortes sociais atingiram os limites da dignidade humana. O país está mais pobre, mas o governo diz que tem os “cofres cheios”. Quando existem 2,7 milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza, uma taxa de desemprego acima dos 14% e uma carga fiscal brutal, congratular-se por ter os cofres cheios revela uma enorme insensibilidade social. Os cofres podem estar cheios, mas é de dinheiro emprestado que custa caro aos bolsos cada vez mais vazios dos contribuintes.