AS CASSANDRAS DA DIREITA
Com total desvergonha e dissimulação ignoram o parecer do Eurogrupo sobre o OE de 2015, esse sim muito crítico, e transformam os habituais pedidos de esclarecimento da Comissão Europeia (CE) em exceção grave, fingindo desconhecer que o normal procedimento destas instituições em matéria orçamental é de permanente insatisfação e de grande pressão sobre os vários Estados-membros. Nada de verdadeiramente novo, portanto. De novo só o comportamento da direita portuguesa que não se importou de, com as suas mentiras, denegrir a imagem do país e prejudicar o interesse nacional. Essa foi a novidade pela negativa. A novidade pela positiva foi a atitude do primeiro-ministro António Costa em relação à União Europeia, em contraste absoluto com a passividade e submissão do anterior primeiro-ministro Passos Coelho.
O certo é que se a coligação de direita tivesse continuado a governar o país, as portuguesas e os portugueses sofreriam mais um brutal aumento de impostos. É o que consta do documento enviado pelo governo Passos/Portas para Bruxelas, em abril de 2015. Desde logo os 600 milhões de euros de cortes nas pensões de que tanto se falou. Diga a direita o que disser, a verdade é que, com o OE de 2016, os contribuintes pagam menos e o rendimento disponível das famílias portuguesas aumenta 2,5%.
Em qualquer orçamento é preciso fazer escolhas. O governo de António Costa escolheu aumentar o rendimento das famílias e capitalizar as empresas para relançar a economia e criar emprego. Preferiu reduzir a carga fiscal sobre o rendimento do trabalho e onerar a banca. Para que os sacrifícios não recaiam sempre sobre os mesmos. Este é um orçamento que faz as escolhas certas. Que honra os compromissos europeus, designadamente em relação à moeda única. Que respeita os acordos celebrados com os parceiros parlamentares. Que dignifica o trabalho e as pessoas. E que respeita a Constituição. Um orçamento responsável.