home

Aprofundar a agenda europeia e as relações económicas luso-francesas

Aprofundar a agenda europeia e as relações económicas luso-francesas

O aprofundamento das relações económicas e as questões europeias dos refugiados e do terrorismo foram os temas em destaque no encontro, em Paris, entre os primeiros-ministros de Portugal e da França.

Notícia publicada por:

Aprofundar a agenda europeia e as relações económicas luso-francesas

No final do encontro, na residência oficial do chefe do Governo francês, António Costa considerou a reunião da “maior importância”, adiantando que foram tratados assuntos europeus, como a ameaça terrorista, as alterações climáticas e o “drama humanitário” dos refugiados para o qual, defendeu, “a Europa tem de estar à altura dos seus valores”.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro lembrou ainda que a França tem sido um dos “grandes parceiros económicos” de Portugal e reiterou o objetivo de incrementar essa relação “através do investimento direto estrangeiro”.

“Mas também ao pormos em contacto toda esta nova geração de portugueses e franceses que animam o movimento de startups e empreendedorismo que estão a reinventar a economia europeia”, acrescentou.

Já o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, referiu terem sido tratadas relações bilaterais nos planos da economia, das interconexões elétricas, transportes, indústria, das startups, que são “consideradas prioritárias também pela União Europeia”.

Confiança num bom entendimento sobre BPI

Por outro lado, António Costa também se pronunciou sobre a situação do BPI, referindo que o Governo aprovou um diploma que prevê a revisão das restrições dos direitos de voto nas instituições financeiras e disse esperar que a supervisão europeia compreenda que o BPI reduzirá brevemente a exposição a Angola.

O primeiro-ministro explicou que em causa não está um diploma feito apenas para a situação do BPI.

“Há cerca de oito instituições financeiras, em Portugal, que têm estatutos com restrição dos direitos de voto e aprovámos efetivamente na quinta-feira passada um diploma que prevê regularmente que os acionistas tenham que rever a manutenção dessas restrições”, disse.

António Costa disse ainda esperar que o sistema de supervisão europeu “compreenda bem que estão criadas as condições institucionais e, sobretudo, condições de mercado para que a redução do peso do BFA [Banco de Fomento de Angola] no universo BPI tenham sucesso num prazo relativamente curto”.

Nesta deslocação a Paris, o primeiro-ministro português manteve, de manhã, um encontro com representantes da comunidade portuguesa e estará ainda presente numa visita à Casa de Portugal da Residência Universidade André de Gouveia e na inauguração da exposição de Amadeo de Souza-Cardoso.