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Aposta na valorização do interior

Aposta na valorização do interior

Para inverter a tragédia económica e social a que o Governo PSD/CDS votou o país e o interior em particular, nestes últimos quatro anos, o Secretário-geral do PS, António Costa, garantiu em Bragança que como primeiro-ministro se empenhará pessoalmente na qualificação e modernização do interior.

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Aposta na valorização do interior

Falando num comício-almoço em Bragança, António Costa defendeu que um Governo por si liderado apostará de forma decisiva na valorização do interior, apontando como uma das suas primeiras medidas a criação de uma unidade de missão.

Para que esta iniciativa possa produzir o efeito desejado, disse António Costa, ficará “diretamente dependente do primeiro-ministro”, garantindo o líder do PS ser esta “uma das minhas funções centrais” como condição para o desenvolvimento do país.

Assegurou também que se empenhará “pessoalmente” para que cada ministério dê “prioridade a medidas que adotem a valorização do interior”, designadamente, como referiu, no que respeita à fixação e atração de populações e no desenvolvimento das estruturas produtivas.

O Secretário-geral socialista defendeu ainda a necessidade da aposta em políticas capazes de uma mais adequada “racionalização” da Administração Pública”, que passe por “custar menos” aos contribuintes, sem contudo “abandonar as populações e o território”, mas sem o fecho de tribunais, escolas ou centros de saúde.

A propósito dos mais de 350 mil portugueses, sobretudo jovens, que se viram obrigados a emigrar nestes últimos quatro anos, graças à incompetência das políticas da direita PSD/CDS, António Costa alertou que não se pode confundir a “liberdade de circular” na União Europeia, política que o PS desde sempre defendeu, com a necessidade de emigrar à procura de um emprego.

A grande diferença entre o PS e o atual Governo, disse António Cosa, é que a direita, ao contrário do que os socialistas defendem, de que “é possível haver emprego digno e de qualidade”, acha que o emprego qualificado em Portugal tem os dias contados, tendo por isso “aconselhado os jovens a emigrar”.

Não ir na “façanha” de Passos Coelho sobre a Segurança Social

Durante a manhã, o líder socialista deslocou-se a Vila Flor, onde assegurou que o PS não está disposto a seguir a pretensão do ainda primeiro-ministro, quando este anuncia que pretende uma revisão constitucional para cortar 600 milhões de euros no sistema de pensões, garantindo que os socialistas estão “totalmente indisponíveis” para esse acordo.

António Costa falava em resposta a um idoso no vale da Vilariça que pediu ao líder do PS para não ir na “façanha” de Pedro Passos Coelho sobre a Segurança Social.

Em resposta, o Secretário-geral socialista lembrou que para o ainda primeiro-ministro poder cortar 600 milhões de euros, “precisa de uma revisão da Constituição”, uma diligência para a qual, garantiu, jamais poderá contar com o apoio do PS.

Acompanhado pelo secretário nacional do PS para a Organização, Jorge Gomes, e cabeça da lista socialista por Bragança, António Costa ouviu explicações sobre os projetos de expansão do regadio do nordeste transmontano, tendo na ocasião aproveitado para falar do programa do PS que prevê um plano nacional para o regadio.

Já na parte final da visita do Secretário-geral do PS, um agricultor manifestou-se descrente com os políticos e com os governos nacionais, oportunidade para António Costa responder com humor: “Eu experimento os seus pêssegos e o senhor experimenta o meu Governo”.

Num breve discurso perante algumas dezenas de agricultores que acompanharam a sua visita, o líder socialista manifestou a sua satisfação com a qualidade do projeto agrícola do Vale de Vilariça, sobretudo com a articulação existente entre as instituições de Ensino Superior transmontanas e as práticas de regadio.

Uma sinergia que para António Costa “é um bom exemplo” entre inovação e melhoria da produção, permitindo, como sublinhou, uma melhoria do rendimento das pessoas.

A este propósito defendeu que o país não deve desperdiçar as verbas comunitárias para alargar os perímetros de rega, recordando que o programa do PS apresenta, neste particular, a meta de ampliar e recuperar mais de 60 mil hectares de regadio, o que ajudará a “valorizar os solos” e “aumentar a produção, mantendo a qualidade”.