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Aposta na internacionalização é fator decisivo para a modernização da economia

Aposta na internacionalização é fator decisivo para a modernização da economia

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Aposta na internacionalização é fator decisivo para a modernização da economia

Foram ontem assinados os primeiros pactos para a competitividade entre o Ministério da Economia e três clusters dos setores agroalimentar, da saúde e da construção.

O Governo assinou ontem, em Lisboa, os primeiros pactos para a competitividade e internacionalização com clusters dos setores agroalimentar, saúde e arquitetura, engenharia e construção.

Na cerimónia de assinatura dos acordos estabelecidos entre o Ministério da Economia e os três clusters reconhecidos pelo Programa Interface, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que “a constituição destes clusters, a coordenação das políticas, a definição clara das prioridades nas quais devemos focar a nossa atenção, é decisiva para vencer incertezas” da economia internacional.

Face ao aumento do peso das exportações de 28% para 44% do PIB, nos últimos dez anos, António Costa considera que é decisivo “darmos sustentabilidade a esta trajetória”, sendo que, para o chefe do Governo, existem “boas razões para ter confiança que, continuando a trabalhar, poderemos fazer chegar, durante a próxima década, as exportações a 50% do PIB”.

O líder socialista referiu o exemplo do setor agroalimentar que representa hoje 6,7 mil milhões de euros de exportações, “o equivalente à soma das do calçado e do têxtil, que são os nossos campeões históricos nas exportações”, disse.

Para António Costa, “não há setor que não esteja vocacionado para a internacionalização”, acrescentando que “a internacionalização é um fator decisivo para a modernização do tecido económico, porque hoje só seremos competitivos com inovação”, visto que não há setor “no qual a inovação não seja o motor do desenvolvimento, seja o das tecnologias de ponta da indústria aeroespacial, seja o da agricultura ou da construção”.

Importa “manter o foco nos ganhos de competitividade, na melhoria da competitividade das empresas e no esforço de internacionalização”, o qual deve ser “tanto maior quanto maior é a incerteza na economia internacional”, defendeu.

É precisamente “nestes momentos de incerteza que mais necessário é o esforço das políticas públicas e a concertação entre as políticas públicas e as empresas”, sublinhou António Costa.

Pedro Siza Vieira

Por seu lado, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que “é necessário termos políticas especificamente dirigidas às necessidades de cada setor”.

Na mesma sessão, o governante referiu que “as necessidades de formação profissional não são as mesmas em todos os setores económicos, “por isso, é preciso adequarmos as políticas públicas às necessidades específicas de cada setor que pesa na economia” e “é isto que estes pactos setoriais fazem”, esclareceu Pedro Siza Vieira.

Os pactos setoriais “surgem do diálogo com clusters que estão constituídos, onde se agrupam instituições de investigação, universitárias, empresas ou associações empresariais”, avançou.

“Com eles quisemos formular objetivos comuns de crescimento da produtividade, identificar medidas dirigidas à formação profissional, à Investigação e Desenvolvimento (I&D), ao apoio à internacionalização e à sua inserção nas cadeias de valor globais”, destacou o ministro.

“Este trabalho começa com estes três pactos setoriais que aqui celebramos hoje”, salientou o ministro da Economia, sublinhando ainda que “são três clusters muito significativos do ponto de vista económico, com desafios muito especiais nestes setores, mas todos eles convergentes para a necessidade de agir” e inovando para além do que já existe.

Referindo-se a cada um dos setores, Siza Vieira referiu que na arquitetura, engenharia e construção, “é preciso aumentar o investimento nas infraestruturas, para além de melhorar a eficiência e a qualidade energética dos edifícios”, por forma a “construir de forma inteligente e altamente produtiva” e sem comprometer “a economia circular”.

No domínio da saúde, importa considerar “o peso muito significativo na economia, o seu contributo em I&D, e o enorme potencial exportador”, disse o titular da pasta da Economia.

Na área agroalimentar, o ministro lembrou “o percurso extraordinário de afirmação internacional feito através do aumento das exportações”, afirmou Pedro Siza Vieira.