António José Seguro quer Sines como plataforma logística intercontinental
António José Seguro defendeu, em Setúbal, uma estratégia integrada para o mar, e apontou o Porto de Sines como grande plataforma logística de dimensão intercontinental, capaz de gerar riqueza e criar emprego.
“Precisamos de ligar Sines ao mundo, por via marítima, e ligar Sines à Europa pela via ferroviária. Mas para isso é preciso que passemos do enunciado discursivo para a ação”, disse o Secretário-geral do PS no encerramento de mais uma Conferência “Um Novo Rumo para Portugal”, subordinada ao tema “Conhecimento e Economia do Mar”.
“A ação significa investimento e o investimento significa ir buscar fundos comunitários para podermos aplicar nesta nossa visão”, frisou António José Seguro, lembrando que o alargamento do canal do Panamá veio trazer novas oportunidades ao porto de Sines.
Para o líder do PS, Sines não deve ser apenas um porto de contentores, mas também um espaço para a instalação de empresas da indústria transformadora.
“Vêm aí fundos comunitários. É necessário olhar para Sines de uma forma integrada e é necessário que Sines ajude ao desenvolvimento da economia e à criação de emprego, de que estamos tão necessitados. Devemos olhar para Sines não penas como uma plataforma logística onde entram e saem mercadorias, mas também como um espaço para a instalação de novas empresas de transformação de matéria-prima em produtos acabados ou semi-acabados”, sublinhou.
António José Seguro começou salientou ainda a importância do alargamento da zona marítima da plataforma continental.
“Se as Nações Unidas vierem a aprovar o nosso pedido de alargamento da zona económica, nós ficaremos com cerca de quatro milhões de quilómetros quadrados. Este território continental e marítimo equivale a cerca de 80% do território continental de toda a Europa, exceptuando a parte da Rússia”, disse, salientando que os recursos do mar podem ser muito importantes para a economia portuguesa.
“Falo das pescas, do turismo – do turismo de praias, de mergulho, de cruzeiro, falo do transporte de mercadorias, dos navios de grande porte, da atividade portuária, da construção e reparação naval, das energias renováveis, que têm uma importância fundamental, e de todo o potencial que advém da biodiversidade que existe no nosso mar e dos recursos vivos, minerais e energéticos que devem ser explorados”, referiu o Secretário-geral do PS.