António Costa reforça prioridade ao investimento na Saúde
António Costa deslocou-se esta manhã ao Hospital de Santarém, onde foi inaugurar a requalificação do Bloco Operatório Central e o Bloco de Partos, oportunidade para o chefe do Governo garantir que o Estado, com os pagamentos que já efetuou ao SNS até ao final do ano passado, no valor total de 550 milhões de euros, e com mais 200 milhões de euros de dívidas que vai pagar já no próximo mês de março, “entrou este ano com a menor dimensão de pagamentos em atraso” ao serviço público de saúde.
Segundo António Costa, esta substancial redução da dívida resulta do maior reforço de sempre de verbas do Orçamento do Estado destinadas ao SNS, o que vai permitir, como referiu, que este serviço público possa descolar da letargia para onde tinha sido remetido durante os quatro anos e meio de governo da direita, sublinhando o primeiro-ministro que o fundamental agora é aplicar esta verba na “qualidade do serviço prestado aos utentes” e criar melhores condições para “atrair e motivar os profissionais, melhorar as instalações e as condições dos equipamentos”.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, outro dos objetivos que o Governo prossegue passam por “internalizar” no serviço público de saúde muito do dinheiro que o Estado está a gastar “através da contratualização de serviços no setor privado”, garantindo o chefe do Executivo que é este o caminho para no mais curto espaço de tempo começar a qualificar os serviços de saúde prestados pelo Estado aos utentes.
António Costa referiu-se ainda ao custo associado a estas duas unidades no Hospital de Santarém, que segundo o primeiro-ministro representaram um investimento de perto de 6,5 milhões de euros, dos quais “4,1 milhões de euros em obras e 2,4 milhões de euros em equipamentos”.
Listas de espera com redução de 40%
Nesta deslocação a Santarém, o primeiro-ministro foi acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, que na ocasião anunciou que as listas de espera para consultas nos hospitais portugueses em 2019 tiveram uma redução de 40%.
“Nunca houve tão poucos doentes à espera de uma consulta hospitalar como no ano de 2019”, afirmou a governante, referindo que as listas de pessoas à espera de uma consulta há mais de um ano foram reduzidas “em 40%”.
Esta é, para a ministra Marta Temido, uma situação que “só pode melhorar”, reconhecendo, contudo, que o Estado “não cumpriu na plenitude” os objetivos traçados para que, em conjunto com os conselhos de administração dos diversos hospitais, “tivesse controlado o problema das listas de espera”.
Uma realidade que segundo a ministra da Saúde tem de ser alterada o mais rápido possível, dando prioridade no corrente ano, como salientou, à “qualificação do acesso às consultas e às cirurgias”, garantindo Marta Temido que o Governo vai reforçar o investimento para que haja “mais cuidados em volume, em quantidade e em qualidade”, mas também para “aumentar os níveis de humanização e na rapidez da resposta”.