António Costa quer combate sem tréguas à precariedade laboral
Ao discursar no encerramento do Congresso da Federação do PS da Área de Lisboa (FAUL), em Sintra, António Costa defendeu que é “essencial”, além de termos mais emprego, “temos melhor emprego”, vincando que para isso o Executivo está a travar “um combate determinado à precariedade que mina a confiança”.
Na ocasião, o líder socialista fez uma intervenção em que percorreu os diversos compromissos do Governo, da descentralização à igualdade de género, com uma nova lei de quotas, passando pelo combate à precariedade laboral, no âmbito do qual o Governo apresentou recentemente aos parceiros sociais um pacote de medidas.
Entre as alterações referidas, Costa destacou as que limitam o recurso aos contratos a prazo, que “encurtam o número de anos em que é possível estar em contrato a prazo, o número de renovações dos contratos a prazo e, sobretudo, limitam os fundamentos pelos quais pode alguém ser contratado a prazo”.
Segundo o governante socialista, “a precariedade tem de ser erradicada e não legalizada”.
Declarar guerra aos incêndios
Em Sintra, na reunião magna da FAUL, na qual a presidência da estrutura passou de Marcos Perestrello para Duarte Cordeiro, cuja moção foi aprovada por unanimidade, o secretário-geral deixou claro que Portugal está também “em guerra contra os incêndios”, numa batalha pelo desenvolvimento do interior e ordenamento do território.
“Vamos travar essa batalha sem medo, com coragem, com determinação”, enfatizou António Costa, depois de ter passado o dia em ações de limpeza das matas, enquanto primeiro-ministro.
Presente neste congresso da FAUL, o antigo ministro e dirigente socialista, que disse estar pela primeira vez a falar numa iniciativa do partido desde que saiu de “funções partidárias ao mais alto nível no PS”, defendeu que o país está “em guerra contra os fogos”, criticando aqueles que não fazem dessa batalha uma causa nacional.
“Ando um pouco irritado – senhor, primeiro-ministro, não é connosco, antes pelo contrário – é com todos aqueles que, esquecendo-se daquilo que foi a tragédia da morte de cento e tantas pessoas naquelas datas, não são capazes de, por um momento, deixar de ter por prioridade central os seus interesses partidários e verem que o país tem de ter aqui uma causa nacional”, afirmou Jorge Coelho, num discurso muito aplaudido.