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António Costa propõe pacto para crescimento e rendimentos

António Costa propõe pacto para crescimento e rendimentos

Salário mínimo, emprego, crescimento económico, consolidação das finanças públicas, reforço da sustentabilidade da Segurança Social e política de rendimentos, foram alguns dos temas que o primeiro-ministro levou hoje ao debate quinzenal, na Assembleia da República.

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António Costa propõe pacto para crescimento e rendimentos

António Costa garantiu hoje, na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República, que o aumento do salário mínimo para 635 euros em 2020 é o mais “adequado à situação económica e social em que o país vive” atualmente, garantindo que este aumento está em linha com “o objetivo de legislatura”.

Depois de considerar que uma das prioridades para a legislatura passa pela celebração de um “pacto” entre os parceiros sociais, com vista a permitir a melhoria da produtividade das empresas e aumentar o peso dos salários no PIB, António Costa lembrou que um dos resultados mais importantes da mudança de política económica, iniciada em finais de 2015, foi a “redução para metade da taxa de desemprego”, que hoje se situa em 6,1%, “o valor mais baixo dos últimos 17 anos” e rigorosamente metade dos 12,2% que se “verificavam no 4º trimestre de 2015” quando a direita ainda liderava o Governo.

Mais investimento, melhor conhecimento e maior rendimento

Um pacto para o crescimento que o Governo pretende que seja indutor de mais “investimento, melhor conhecimento e maior rendimento” e que garanta igualmente, como sustentou o primeiro-ministro, que “todos possam beneficiar das oportunidades e do bem-estar proporcionados pelo crescimento económico”, a par da “promoção e da modernização das empresas e da competitividade da economia”, objetivos que, para António Costa, serão atingidos nomeadamente através de uma “forte aposta na inovação” e na conjugação da “formação e ensino e do tecido produtivo”.

Depois de ter defendido que o país não pode deixar de valorizar nesta legislatura a política salarial dos jovens qualificados, o primeiro-ministro voltou a referir-se à política de rendimentos, considerando que a evolução que se tem vindo a registar neste capitulo, nos últimos quatro anos, “tem tido um papel fulcral” na qualidade de vida dos portugueses, não deixando, contudo, de reconhecer que é “imperioso alcançar uma repartição mais equitativa dos benefícios do crescimento económico”, sobretudo para “quem vive dos rendimentos do trabalho”.

Crescimento e contas certas

O primeiro-ministro referiu ainda, neste debate quinzenal no Parlamento, que “mais crescimento, mais emprego e maior igualdade”, sendo objetivos e prioridades do Governo para esta legislatura, em nenhum caso deixarão de estar submetidos ao rigor das contas certas, garantindo António Costa que nenhum destes objetivos são sustentáveis “sem os demais” e que “cada um contribui positivamente para que todos sejam alcançados”.