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António Costa mantém otimismo num bom acordo

António Costa mantém otimismo num bom acordo

O primeiro-ministro português, António Costa, manifestou-se ontem “otimista” num desenlace positivo nas negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, não deixando, todavia, de alertar que “o tempo urge” e que uma “separação desordenada” seria muito penalizadora para todos.

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António Costa mantém otimismo num bom acordo

“O tempo urge para que se chegue a acordo com o Reino Unido” de modo a evitar as consequências negativas “do ponto de vista económico e social, quer para o Reino Unido, quer para o conjunto dos países europeus”, afirmou António Costa, em Salzburgo, onde participa amanhã numa cimeira informal de chefes de Governo e de Estado da União Europeia.

O líder do PS entende que, “tomada a decisão de saída” por parte de Londres, importa agora alcançar “um bom acordo para que assegure aquilo que é fundamental: que o Reino Unido continue a ser um aliado, um parceiro, um vizinho e um amigo”, afirmou.

O primeiro-ministro manifestou-se “otimista” relativamente ao evoluir das negociações, desde logo, pela vontade dos 27 países da União Europeia terem uma relação o “mais próxima possível com o Reino Unido”.

Cimeira extraordinária em novembro

O presidente do Conselho Europeu anunciou, entretanto, a intenção de realizar uma cimeira extraordinária em novembro dedicada ao ‘Brexit’.

Donald Tusk, que também estará presente no encontro de Salzburgo, disse que há propostas da primeira-ministra britânica, Theresa May, que “precisam de ser trabalhadas e mais negociadas”, designadamente sobre a questão da fronteira irlandesa e ao quadro para a futura relação económica entre o Reino Unido e a UE.

António Costa considerou que a realização desta cimeira extraordinária não é uma ação “desesperada”, pelo contrário, “é sim um sinal de que todos temos a vontade de fazer tudo o que for possível para chegar ao melhor acordo de saída para o Reino Unido”.

Recorde-se que a saída oficial do Reino Unido da União Europeia está prevista para 29 de março de 2019, na sequência do referendo realizado a 23 de junho de 2016, onde 52% dos britânicos votaram a favor do ‘Brexit’.