home

António Costa incentiva consensos alargados para investimentos estratégicos na próxima década

António Costa incentiva consensos alargados para investimentos estratégicos na próxima década

O Programa Nacional de Investimentos pensado para os próximos dez anos deve ser aprovado não só pelo Governo como, se possível, por uma larga “maioria de dois terços” da Assembleia da República, defendeu hoje o primeiro-ministro, em Marco de Canaveses, na cerimónia de lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios para a CP.

Notícia publicada por:

António Costa incentiva consensos alargados para investimentos estratégicos na próxima década

Para António Costa, é importante que as principais reformas e os programas mais importantes a implementar em Portugal nos próximos anos, para terem sucesso e alcançarem os objetivos pretendidos, possam beneficiar do aval não só do Governo, mas da maioria dos deputados da Assembleia da República, se possível “de uma maioria de dois terços”, estando neste caso, como referiu, o Programa Nacional de Investimentos (PNI).

O chefe do Governo falava esta manhã na estação de Marco de Canaveses, no distrito do Porto, durante a cerimónia de lançamento de um concurso para a compra de 22 novos comboios para a CP, referindo que “consensos alargados” sobre esta e outras matérias, assumem uma importância estratégica, uma vez que, como defendeu, este tipo de opções não diz apenas respeito a “um Governo, nem para apenas uma geração”.

O que se pede, reforçou António Costa, é que “possamos partir para as discussões de espírito aberto” no pressuposto de que “nunca há uma boa e definitiva solução para um problema”, devendo ser compreendido por todos que “há sempre diversas boas soluções” o que, em sua opinião, obriga a que se “procure combinar estratégias para se obter o consenso o mais alargado possível”.

Diálogo que o Governo tem procurado incentivar a aprofundar, nomeadamente, como aludiu, através das muitas intervenções públicas e em reuniões privadas do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, não só com as restantes forças partidárias representadas no Parlamento, mas também com autarcas, associações empresariais e com a própria sociedade civil, lembrando que o Conselho de Ministros vai aprovar, já nesta primeira semana do ano de 2019, o Programa Nacional de Investimentos para a próxima década, programa que vai enquadrar, como assinalou, “aquilo que são os objetivos de investimentos em grandes infraestruturas até 2030”, designadamente em áreas como a mobilidade, transportes, ambiente e energia.

Um Plano Nacional de Investimentos que pretende apostar na modernização de infraestruturas de nível nacional “localizadas em Portugal Continental”, e para o qual o Governo pretende canalizar mais de 75 milhões de euros para um horizonte temporal de dez anos.

135 milhões para modernizar a Linha do Douro

Esta manhã, em Lousada, o líder do Executivo e o ministro Pedro Marques tinham já sido postos ao corrente da situação, por parte dos responsáveis da Infraestruturas de Portugal (IP), sobre o andamento dos trabalhos de modernização que decorrem na linha do Douro, obras que estão orçadas em perto de 135 milhões de euros e que se integram no vasto programa de modernização da ferrovia nacional iniciado pelo atual Governo.

Primeiro-ministro e ministro do Planeamento e das Infraestruturas foram ainda alertados para as prioridades nas intervenções que estão a ser levadas a efeito na linha ferroviária do Douro, com especial enfoque na segurança, como foi sublinhado pelos dirigentes da IP, “nos túneis, pontes e taludes”.

Já quanto à eletrificação desta linha do Douro, entre as estações de Caíde, no concelho de Lousada, e Marco de Canaveses, separadas por cerca de 11 quilómetros, a notícia é que esta modernização, que decorre desde o passado mês de novembro, vai intervir nos túneis de Caíde, Gaviara e Campainha, estando garantido que estas três infraestruturas vão receber também melhoramentos quer ao nível da “drenagem e da impermeabilização”, mas também ao nível da segurança, sendo que neste último capítulo há já a garantia de que os túneis serão equipados com “sistemas de vídeo, comunicações móveis, extintores, iluminação led de emergência, acessos às bocas de entrada e saída e reforço estrutural dos taludes”.