António Costa evocou a paz e reconciliação entre os povos europeus
As lições que o passado nos traz devem ser objetivo de análise e de reflexão para o futuro, defendeu António Costa, esta manhã, na localidade de La Couture, no norte de França, em frente ao monumento aos mortos portugueses, durante a cerimónia que evocou o dia em que foi celebrada a paz e a reconciliação entre os povos europeus, após a Primeira Guerra Mundial.
Mostrando satisfação e “reconhecimento” ao Presidente francês, Emmanuel Macron, por se ter associado, no cemitério militar de Richebourg, ao lado da delegação portuguesa, presidida pelo Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, à cerimónia de homenagem aos soldados portugueses que lutaram na Primeira Guerra Mundial, António Costa referiu que esta iniciativa solene, cem anos depois do fim do conflito de 1914/18, celebra também a “paz e a reconciliação” entre os povos europeus e a sua vontade, de construir “juntos um futuro comum”.
O primeiro-ministro teve ainda ocasião de se dirigir às forças armadas portuguesas, “dignas herdeiras de uma tradição militar”, e aos muitos emigrantes que quiseram marcar presença nesta cerimónia, dizendo-lhes que com o seu trabalho “engradecem a França e prestigiam Portugal”.
Lembrando que o país sempre se “comprometeu com a construção da paz”, António Costa deu o recente exemplo da resposta afirmativa que deu ao Governo francês quando este pediu a Portugal soldados para integrarem a força de paz para a República Centro-Africana.
Já esta tarde, as comemorações do centenário da batalha de La Lys, que ocorreu no dia 9 de abril de 1918, prosseguiram com o primeiro-ministro a descerrar placas evocativas da Primeira Guerra em Arras e Lille, e a visitar exposições alusivas nessas cidades.
No domingo, António Costa acompanhou ainda o Presidente da República no descerramento de uma placa na Avenue des Portuguais (Avenida dos Portugueses) e na cerimónia do “reavivar da chama” no monumento ao soldado desconhecido, no Arco do Triunfo, na presença da autarca de Paris, Anne Hidalgo, e de largas dezenas de emigrantes portugueses.