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António Costa e Obama em sintonia sobre futuro das Lajes

António Costa e Obama em sintonia sobre futuro das Lajes

O primeiro-ministro português entregou, em Varsóvia, ao Presidente dos Estados Unidos da América o “resumo do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido” entre o ministro da Ciência e Tecnologia e o secretário de Estado da Energia dos EUA para o “aproveitamento dos Açores como uma plataforma muito importante” na investigação.

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António Costa e Obama em sintonia sobre futuro das Lajes

O breve encontro entre António Costa e Barack Obama na cimeira da NATO concentrou-se nos Açores, muito a propósito dos planos futuros para a base das Lajes.

Em causa estão as áreas da climatologia, alterações climáticas, vulcanologia, oceanografia, ou seja, foi “uma boa oportunidade para a reconversão que está em curso da utilização da base das Lajes e encontrar uma nova vocação para aquelas infraestruturas”, disse o mandatário português, que manifestou a sua convicção no “interesse pessoal” do Presidente Obama sobre estas temáticas.

De salientar que, depois de Nova Iorque e dos Açores, será realizado um terceiro ‘workshop’ em Bruxelas, a 19 de setembro, para abordar diretamente a Comissão Europeia sobre a possibilidade de instalar nos Açores um centro de investigação científica internacional.

Também neste contexto de encontros bilaterais com os restantes líderes dos 28 países da NATO, o primeiro-ministro fez notar que um “dos objetivos da política externa portuguesa” é a promoção da candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU.

“E não é possível falar designadamente da participação de Portugal no teatro dos Balcãs, no teatro dos Bálticos (…), sem lembrarmo-nos que começaram precisamente com o engenheiro António Guterres há 20 anos”, recordou António Costa, para quem esta é uma “candidatura que vai fazendo o seu bom caminho”.

Objetivos alcançados

Na reunião da Aliança Atlântica em Varsóvia, o primeiro-ministro português afirmou que “os três objetivos da cimeira foram cumpridos”.

No final da reunião dos chefes de Estado e/ou de Governo dos países da NATO que se reuniu na capital polaca durante dois dias, António Costa garantiu que “foi reforçada a dissuasão e a defesa coletiva, completando o que tinha sido definido em 2014 com os objetivos comuns relativamente ao sistema de dissuasão e defesa na frente leste europeia”.

“Decidiu-se empenhar a projeção da estabilidade no flanco sul, designadamente no que diz respeito ao apoio às missões no Iraque e Afeganistão, e à complementaridade entre a NATO e a União Europeia em diálogo com os parceiros no Mediterrâneo, designadamente a Jordânia”, afirmou António Costa, acrescentando que também se decidiu “reforçar a cooperação com a União Europeia”.

“Finalmente, decidiu-se um reforço da nossa ação num domínio hoje crescentemente importante para a segurança em geral, que tem a ver com o ciberespaço”, disse, adiantando que, nesta área, “por um lado aderimos ao centro de excelência da NATO na defesa do ciberespaço que funciona na Estónia; por outro lado, afirmamos a importância que vai ter a futura academia de Oeiras na formação em ciberdefesa”.

Para António Costa, “este será um contributo muito importante em que nos envolveremos e que é um bom exemplo de como as atividades de segurança e defesa podem apoiar o desenvolvimento científico, tecnológico e simultaneamente beneficiar também desse mesmo desenvolvimento científico e tecnológico produzido em Portugal”.