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António Costa destaca exemplo da intervenção do Estado na construção de casas de renda acessível em Lisboa

António Costa destaca exemplo da intervenção do Estado na construção de casas de renda acessível em Lisboa

O projeto vencedor para a construção de 266 habitações para arrendamento acessível, promovida pelo Estado e com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, foi apresentado, na sexta-feira, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, e de autarcas da capital.

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Na ocasião, António Costa destacou que este projeto é “um exemplo” da intervenção do Estado na habitação, em resultado da utilização de património público que “estava há muito desativado”, ajudando a dar “resposta afirmativa” às necessidades prementes.

A construção das 266 casas é promovida pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), reconvertendo património habitacional que acolheu, durante décadas, o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, correspondendo a um investimento estimado de 51,8 milhões de euros, incluindo o valor do terreno, na quinta do Palácio Baldaya, em Benfica.

Referindo que a apresentação do projeto vencedor é “um passo importante”, António Costa advertiu, contudo, que o esforço de construção leva tempo e que é preciso que todos “tenham consciência dos passos seguintes” que são necessários percorrer “se queremos ter uma resposta estruturada ao desafio da habitação”.

“O tempo é algo que a vontade política não elimina. Há a ideia de que a vontade política tem efeito mágico – não tem. A vontade política só permite iniciar o mais depressa possível”, disse.

Sublinhando, na sua intervenção, que o Estado está a “responder afirmativamente” à crise de alugueres a preços moderados, um desafio coletivo que conta, “em grande medida”, como observou, com a parceria dos municípios, das cooperativas e do setor privado, o líder socialista vincou ainda que o PRR foi “uma oportunidade extraordinária para negociar que, pela primeira vez, fundos comunitários financiassem habitação”.

Recorde-se, neste sentido, que o Plano de Recuperação e Resiliência permitiu mobilizar cerca de 2.700 milhões de euros, para executar até 31 de dezembro de 2026, em políticas de habitação.

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