António Costa destaca crescimento dos socialistas europeus para melhores decisões sobre o futuro da Europa
Falando aos jornalistas, à margem de uma cimeira informal de líderes da União Europeia dedicada a uma reflexão sobre o futuro da Europa, encontro que está a ter lugar na cidade romena de Sibiu e onde se prevê, entre outras participações, uma intervenção do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, sobre o processo de nomeações para os lugares de topo da União Europeia.
Um tema que para o primeiro-ministro, António Costa, sendo muito importante para melhorar a coesão da UE, está, todavia, como também referiu, dependente do “resultado que as próximas eleições europeias vierem a ditar”.
Para António Costa, são já muitos os sinais positivos que vêm um pouco de todos os países da União Europeia onde os partidos socialistas têm obtido importantes vitórias eleitorais, lembrando a propósito os casos da Finlândia ou de Espanha ou ainda da Dinamarca, país onde se verifica, tal como em muitos outros Estados-membros da União Europeia, “uma subida significativa dos socialistas ao longo dos últimos meses”.
Um cenário que, para o primeiro-ministro, a disseminar-se por outros países europeus dará à família política dos socialistas europeus a efetiva possibilidade de passarem a ter uma palavra decisiva no futuro Conselho Europeu, mas também na escolha do nome para a sucessão de Jean-Claude Juncker à frente do executivo comunitário, o que para António Costa só pode recair no nome do socialista Frans Timmermans.
Foco no trabalho em Portugal
Quanto à questão colocada pelos jornalistas sobre as notícias saídas na imprensa internacional, nomeadamente no britânico Financial Times, que apontam António Costa como estando muito bem colocado para substituir Donald Tusk à frente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro português, depois de considerar a notícia “muito elogiosa”, não deixou, contudo, de asseverar que não está nada interessado em participar na “guerra dos tronos” da União Europeia, garantindo não ser candidato a nada, “a não ser às funções que exerço em Portugal”.
“Como se recordam, há cinco anos, quando me disponibilizei a liderar o Partido Socialista, e depois como primeiro-ministro, apresentei uma agenda para a década e é nessa agenda que tenho estado focado e que continuarei focado”, declarou.
Já na parte final deste encontro com os jornalistas, o primeiro-ministro fez questão de referir que está “muito concentrado no seu trabalho em Portugal”, o que não o impossibilita, como garantiu, de continuar igualmente muito empenhado no trabalho que tem vindo a desenvolver nas instâncias europeias, defendendo que o trabalho a nível da União Europeia “é igualmente uma parte indispensável do desenvolvimento da nossa estratégia”.