António Costa defende metas mais ambiciosas nas energias renováveis
“As metas que foram anteriormente fixadas são pouco ambiciosas face aos novos compromissos assumidos pela União Europeia (UE) na cimeira de Paris e devem justificar uma maior ambição, quer de prazos, quer de volume de energia a poder circular a partir da Península Ibérica”, disse.
O primeiro-ministro reafirmou “a urgência que damos ao tema das interconexões elétricas e a maior ambição que devemos pôr, tendo em conta os resultados e os compromissos assumidos” pela União Europeia na COP21.
“Para podermos alcançar esses objetivos, é essencial reforçar a produção e utilização de energias renováveis”, sustentou.
O tema da energia fez parte da agenda da reunião do Conselho Europeu, com os líderes da UE a defenderem a rápida aplicação dos projetos de interesse comum, categoria que se insere no reforço das interligações.
Portugal recetivo a acolher mais refugiados
Na conferência de Imprensa no final do Conselho Europeu, António Costa anunciou que Portugal se disponibilizou para receber mais refugiados, ao abrigo da recomendação de Bruxelas aos 28 países da União Europeia (UE), para acolhimento voluntário de candidatos a asilo que se encontram na Turquia.
O primeiro-ministro defendeu a necessidade de melhorar o funcionamento dos pontos de acolhimento e registo de refugiados (denominados habitualmente por ‘hotspots’) e de Portugal disponibilizar mais elementos dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras para estas funções.
Admitindo que os ‘hotspots’ “têm sido um ponto de estrangulamento na política de distribuição de refugiados”, António Costa referiu que Portugal há muito tinha manifestado a sua disponibilidade em receber “mais de 4.400” candidatos a asilo, mas só na quinta-feira acolheu 24 pessoas.
“Esta lentidão de colocação de refugiados nos países de acolhimento é algo que penaliza muito os refugiados e a sua capacidade de integração na sociedade de acolhimento e era importante acelerar esta dimensão”, disse.
António Costa manifestou ainda satisfação pela Comissão Europeia ter retomado “uma proposta já bastante antiga, e da qual Portugal esteve também na origem, a criação de um sistema de guardas costeiras”.