O chefe do Governo deslocou-se à Guiné-Bissau, onde vai participar na cerimónia dos 50 anos da independência daquela antiga colónia africana, tendo sido saudado, à sua chegada, pelo Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló.
Com o ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Carlos Pinto Pereira, a seu lado, o primeiro-ministro enalteceu, em declarações aos jornalistas, a visita que está a efetuar à Guiné, classificando-a como “uma visita muito importante”, lembrando na oportunidade que há 50 anos portugueses e guineenses ainda combatiam, um cenário que, disse, “felizmente está ultrapassado”, o que permite hoje aos dois povos “viverem em paz, em liberdade e em democracia”.
Depois de manifestar “grande satisfação” por se associar à celebração oficial deste cinquentenário, António Costa fez um paralelo entre a luta de libertação da Guiné-Bissau e o combate dos democratas portugueses, insistindo que a luta dos povos africanos contra o colonialismo “deu um contributo muito importante para a nossa própria libertação da ditadura”.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, essa “dupla libertação” da ditadura e do colonialismo, configurou um “momento marcante” para que Portugal pudesse “reinventar” a sua relação com as ex-colónias africanas, “com os seus povos, em liberdade e em democracia”, congratulando-se por haver no presente “uma relação fraterna e de forte cooperação” entre Portugal e os países de língua oficial portuguesa.