António Costa apresenta Governo “reforçado” e de “continuidade”
Para o líder socialista, que falava aos jornalistas no Palácio de Belém depois de ter proposto ao Presidente da República, que aceitou, o novo elenco governamental, a próxima legislatura apresenta um índice de dificuldade acrescida, uma vez que Portugal assumirá, como lembrou, a presidência do Conselho da União Europeia.
Por outro lado, António Costa salientou a criação de dois novos ministérios de “natureza transversal”, do Planeamento e o da Modernização do Estado e da Administração Pública, para além de se avançar também com a “autonomização do Ministério da Coesão Territorial”.
Segundo António Costa, as responsabilidades acrescidas que Portugal terá na próxima legislatura justificam que “procurássemos reforçar o centro do Governo”, sem que deixasse de ser um Executivo com o foco na “coesão e na continuidade daquilo que foi a governação anterior”, mas agora “mais reforçado” politicamente e em “melhores condições”, tendo em conta os resultados das eleições.
Objetivos estratégicos
Quanto à nova equipa governativa, António Costa lembrou que a “estrutura orgânica” encontrada é a mais indicada e a que certamente melhor se “ajustará ao novo Programa do Governo” e aos quatro grandes objetivos estratégicos que o PS tem vindo a divulgar junto dos portugueses para os próximos quatro anos da legislatura, designadamente “enfrentar as alterações climáticas, combater as desigualdades, enfrentar o desafio demográfico e proceder à gestão da transição para a sociedade digital”, havendo para cada uma destas áreas, como sublinhou, “ministros encarregados da coordenar estes quatro objetivos”.
Elencados os objetivos e alguns dos pressupostos políticos que farão parte integrante do trabalho político do XXII Governo Constitucional, António Costa disse esperar que o Presidente da República dê posse, não só aos ministros, mas já a toda a equipa governamental, no próximo dia 22 ou 23 deste mês de outubro, ou seja, “no dia seguinte à primeira reunião da nova Assembleia da República”, lembrando que tudo está agora dependente do contagem final dos votos da emigração, um processo que tudo indica poderá ficar concluído ainda esta quarta-feira.