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António Costa afasta “papão” do aumento do IVA

António Costa afasta “papão” do aumento do IVA

O primeiro-ministro assegurou hoje, no Parlamento, que o Programa de Estabilidade que o Governo irá apresentar a Bruxelas assentará no realismo das previsões, acrescentando que esta é uma matéria em que se exige “ser previdente e conservador”. António Costa reiterou ainda que não haverá qualquer aumento do IVA, aconselhando o CDS a não continuar a agitar este “papão” e procurar outros temas para fazer oposição.

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António Costa afasta “papão” do aumento do IVA

“Não vale a pena agitar nos próximos cinco dias ou duas semanas, ou mesmo nas próximas três semanas, o papão de que vamos aumentar a taxa do IVA porque é um papão que se vai esvair no fim dessas três semanas”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro respondia no debate quinzenal à deputada e líder do CDS, Assunção Cristas, que afirmou já se ter percebido que “vem aí um plano B de austeridade” e perguntou quando é que o país se veria confrontado “com uma taxa de IVA normal mais elevada”.

António Costa afastou uma vez mais a ideia de que o Programa de Estabilidade incluirá qualquer aumento do IVA, aconselhando o CDS a não agitar “o papão” e a procurar “com imaginação” outros temas para fazer oposição.

“O que eu tenho procurado fazer é ter um Programa de Estabilidade mais assente na informação mais atualizada”, disse, reconhecendo que as previsões do FMI sobre a economia mundial e europeia “não são boas” e, como tal, também “não são boas relativamente a Portugal”.

“O Programa de Estabilidade tem de assentar no realismo das previsões”, sublinhou, acrescentando que, “em matéria de previsões, convém ser previdente e conservador”.

Construir pontes na UE

No debate quinzenal, o primeiro-ministro teve ainda oportunidade de desafiar o PSD a especificar aquilo de que discorda na declaração conjunta que assinou com o seu homólogo grego, Alexis Tsipras, durante a visita oficial que realizou a Atenas.

António Costa defendeu que Portugal deve manter a sua tradição “de construtor de pontes” na União Europeia e não seguir “uma lógica sectária, tal como aconteceu no passado, quando apoiou a intervenção militar no Iraque, ou quando foi além da troica”.

António Costa frisou ainda que, “no dia em que permitirmos que alguns Estados-membros possam interferir e desrespeitar a escolha dos eleitores de cada país, então, nessa altura estaremos a matar a União Europeia”.