Alargamento do Plano Nacional de Vacinação
O alargamento do Plano Nacional de Vacinação (PNV), uma das prioridades de política do Governo no setor da Saúde, contemplado no Orçamento do Estado para 2020 com 11 milhões de euros, vai integrar já a partir do próximo mês de outubro a vacina da meningite B para todas as crianças, a vacina contra o vírus do papiloma humano, para rapazes, e a vacina do rotavírus, apenas para grupos de risco a definir posteriormente, tendo a Direção-geral da Saúde anunciado que a vacina contra a meningite B “será administrada de forma totalmente gratuita a todas as crianças e durante o primeiro ano de vida”.
Tal como lembrou Graça Freitas, esta vacina contra a doença invasiva meningocócica B, será ministrada “aos dois, quatro e 12 meses” e estará disponível para todas as crianças “nascidas a partir de 1 de janeiro de 2019”.
Como explicou a diretora-geral da Saúde, as crianças que nasceram a partir do primeiro mês deste ano de 2019 “poderão em outubro iniciar o esquema de vacinação e fazer três doses de vacina caso ainda não tenham levado nenhuma”, justificando esta medida com o facto de a vacina “já ser comercializada e administrada em Portugal”, mas apenas, como referiu, “mediante o pagamento das famílias”, sendo que os nascidos durante esta ano, acrescentou ainda a responsável, podem a partir de outubro “iniciar ou completar o esquema de vacinação da meningite B de forma gratuita”.
A vacina pode se administrada até aos cinco anos, sendo que o novo Programa de Vacinação recomenda, contudo, que a toma seja feita aos dois, quatro e 12 meses.
Outra das vacinas também incluída no PNV, igualmente aprovada com o aval da comissão técnica de vacinação, destina-se a combater as infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV) para todos os rapazes, aos 10 anos, aplicando-se aos nascidos a partir de 1 de janeiro de 2019, e administrada em duas doses, deixando de ser apenas destinada como até aqui às raparigas para passar também já a partir de outubro de 2020 e ser igualmente dada aos rapazes.
Quanto à vacina contra o rotavírus “que provoca gastroenterites” e, tal como sustentou a diretora-geral da Saúde, “serão ainda estudados os grupos de risco a quem será administrada de modo gratuito” também a partir de outubro.