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Agora é o tempo de defender a retoma da economia e do emprego

Agora é o tempo de defender a retoma da economia e do emprego

A mesma determinação e empenho com que os portugueses souberam ficar em casa durante a fase crítica da pandemia, evitando que a doença tivesse assumido proporções descontroladas, terá agora de ser aplicada para "defender a retoma da atividade económica", não deixando de manter "todas as cautelas", defendeu o primeiro-ministro, António Costa, em Ovar.

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Agora é o tempo de defender a retoma da economia e do emprego

O surto epidémico de Covid-19, que continua a pairar sobre a esmagadora maioria dos países e contra o qual é preciso continuar a lutar, não pode nem deve levar os portugueses a descurar a urgente necessidade de “retoma da atividade económica”, defendeu o primeiro-ministro na passada sexta-feira em conversa com os jornalistas à margem de uma visita que efetuou a uma unidade fabril de Ovar, no distrito de Aveiro, lembrando que, se “não foi a doença que deu cabo de nós, também não pode ser a cura a dar cabo de nós”.

Segundo António Costa, que nesta visita contou com a presença do Presidente da República e dos ministros da Economia e da Administração Interna, Pedro Siza Vieira e Eduardo Cabrita, respetivamente, para que não se perca o excelente trabalho que os portugueses têm vindo a fazer, desde há cerca de dois meses, na luta contra a pandemia, é chegada a altura de o país começar a olhar também para as questões da economia.

Um esforço que terá de ser feito, realçou o líder socialista, para “sustentar empresas, emprego e rendimentos”, defendendo o primeiro-ministro que, “apesar dos riscos”, este é o “passo certo” que evitará que uma “crise económica e social se volte a instalar” em Portugal, lembrando que, sem empresas, emprego e rendimento, a economia “não cresce, não vive e a sociedade definha”.

Apesar dos receios que “todos continuamos a sentir em sair à rua ou de nos aproximar dos outros”, um medo que, segundo o primeiro-ministro, é ainda o reflexo natural sentido pelas pessoas devido à Covid-19, Portugal não pode, nesta fase ainda difícil de combate à pandemia, deixar de dar o passo decisivo na retoma da sua economia, mostrando-se António Costa convicto de que, se o país não trilhar este caminho, não só a doença se manterá, como depois a pandemia acabará por “contaminar tudo o resto”.

Elogio aos portugueses

Depois de enaltecer os portugueses pela “postura” que souberam manter durante todo o estado de emergência, uma atitude que o primeiro-ministro considerou ter sido “essencial” para conter a pandemia e permitir que o país possa agora ir reabrindo gradualmente as atividades, o chefe do Governo e líder socialista estendeu os elogios, quer aos habitantes de Ovar pela resposta que deram aos casos de contágio ocorridos no “primeiro concelho do país onde foi preciso criar uma cerca sanitária”, destacando a “generosidade” com que a população encarou todo este processo, quer a todo o sistema político português que “foi exemplar” na forma como tem enfrentado esta crise, o que permitiu, segundo António Costa, uma “perfeita harmonia” entre os “vários órgãos de soberania e de poder político”, permitindo que tivesse havido uma “resposta na hora certa a tudo o que foi necessário”.

Um “clima de unidade” que, na visão do primeiro ministro e líder socialista, tem sido um “fator de diferenciação” do país no “contexto internacional”, o que certamente ajudará muito, no futuro, a colocar Portugal numa plataforma privilegiada para “acolher empresas que pretendam deslocar as suas fábricas para a Europa”.