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AD apresenta “ilusionismo” orçamental que não oferece credibilidade aos portugueses

AD apresenta “ilusionismo” orçamental que não oferece credibilidade aos portugueses

O dirigente socialista e cabeça de lista às Legislativas pelo círculo de Setúbal, António Mendonça Mendes, apontou que o programa eleitoral da AD, apresentado na passada sexta-feira, “choca com a realidade” e “não é sério nem credível” face às projeções macroeconómicas das diferentes instituições, notando ainda que um Governo “a várias vozes”, sobre a questão do défice, “não oferece credibilidade aos portugueses”.

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“O programa da AD choca com a realidade. Desde logo com a realidade que nos dão as instituições nacionais e internacionais. E choca com o bom senso dos portugueses que adotaram e apreciam as contas certas”, disse António Mendonça Mendes, em conferência de imprensa, na sede nacional do PS.

O também antigo secretário de Estado dos Assuntos Ficais sublinha que, “ao contrário do PS, a AD promete um crescimento económico que ninguém antecipa” e diz “uma coisa em Portugal e outra coisa em Bruxelas”.

“É um programa que não é credível e que não pode ser levado a sério. Nós precisamos de líderes que nos ofereçam segurança e que nos ofereçam credibilidade”, afirmou, referindo que, perante o aviso deixado na véspera pelo Conselho de Finanças Públicas, sobre a “irresponsabilidade da trajetória orçamental” apresentada, “é muito surpreendente” que Luís Montenegro tenha “um exercício de tão pouca seriedade, que é de dar a ilusão de que pode fazer uma coisa que efetivamente não pode fazer”.

Como fez notar António Mendonça Mendes, “o crescimento médio do PIB de 2,9 % no horizonte até 2029, que a AD apresenta no seu cenário macroeconómico, é desmentido pelas projeções do Conselho de Finanças Públicas, do Banco de Portugal e do FMI”.

“Mas também é desmentido pelo próprio Governo, que apresentou em Bruxelas um crescimento médio de 2% no plano orçamental de médio prazo. Isto não é sério e é um truque de ilusionismo que não é novo e que pretende ficcionar o crescimento do PIB para justificar a entrada de promessas eleitorais”, criticou.

Foi também com esse “truque”, prosseguiu o dirigente socialista, que Luís Montenegro desmentiu, na apresentação do programa eleitoral da AD, o seu próprio ministro das Finanças, que no mesmo dia assumira, na reunião do Eurogrupo, em Varsóvia, que Portugal entre em défice no próximo ano, lembrando ainda o episódio de véspera com o ministro da Economia, que num primeiro momento admitiu um cenário de défice, para ser “prontamente advertido pelo primeiro-ministro para voltar a não falar a verdade”.

Os “truques de ilusionismo” deste Governo, acusou ainda, estão também a ser testemunhados pelos portugueses na devolução do IRS, “pagando o preço da ilusão do aumento do rendimento que lhes tentaram vender”.

Para António Mendonça Mendes, “a verdade para com os portugueses é um imperativo de todos os responsáveis políticos”, realçando o “exercício sério e prudente” do Programa do PS e da governação que Pedro Nuno Santos integrou, garantindo “segurança e confiança” e colocando o país “com contas certas e sólidas”.

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