Acordo para governação estável defende interesse nacional
Segundo este elemento do grupo negocial socialista, “estamos neste momento num processo avançado, mas falta acertar pormenores” para um acordo “que se quer participado pelos vários partidos” e que assegure uma maioria parlamentar estável.
Sublinhando que só haverá acordo quando este for subscrito por todas as forças políticas envolvidas, Pedro Nuno Santos considerou extemporâneo avançar com outras informações num momento em que as negociações ainda decorrem.
Garantiu, contudo, que os partidos, apesar de partirem de pontos de vista diferentes, têm trabalhado para convergir e garantir um acordo que assegure a estabilidade governativa de que o país precisa.
“É o interesse nacional, patriótico que está em causa”, pontualizou Pedro Nuno Santos, considerando que este é o momento de “fazermos a pedagogia do que é uma democracia parlamentar”.
Para o dirigente socialista, “a nossa democracia não fica mais pobre com este novo cenário que experienciamos, pelo contrário, fica mais rica”.
“Em democracia governa a maioria e a coligação perdeu-a e não a conseguiu formar”, explicou, para de seguida vincar que a vontade popular não seria respeitada se se negasse a possibilidade de uma maioria constituída pelo PS, BE, PCP e Verdes formar uma alternativa estável de governo.
“Nós estamos a trabalhar para que a vontade de mudança expressa pelos portugueses de forma maioritária tenha efeito prático efetivo”, afirmou Pedro Nuno Santos, acrescentando que o eleitorado que votou no PS e à esquerda estaria a ser frustrado se não se estivesse a procurar que essa maioria se traduza num governo.