Acordo gera otimismo no sector e garante paz social
Saudando mais este “problema ultrapassado”, António Costa declarou que o sucesso das negociações “teve a ver com a vontade das partes e o empenho que todos tiveram em chegar a acordo”.
“É ótimo que assim tenha sido, porque era fundamental para a economia do país que o porto de Lisboa pudesse funcionar em pleno”, reforçou o líder do Governo socialista, após um encontro que reuniu estivadores, concessionários e a ministra do Mar.
No final de quase 15 horas de reunião, na passada sexta-feira, Ana Paula Vitorino frisou que o acordo entre os estivadores e operadores do porto de Lisboa constitui “uma solução em que ambas as partes ganham (…) porque quer dizer que voltam ao trabalho e se poderá retomar o crescimento do porto de Lisboa”.
A ministra do Mar adiantou que “o que esteve presente durante todo o dia na reunião foi a importância que o porto de Lisboa tem para a economia nacional e a importância que o acordo tem para que se possa de facto retomar o crescimento deste porto e também contribuir para o crescimento económico”.
Refira-se que o acordo permitiu a suspensão imediata da greve dos estivadores que tinha desencadeado problemas significativos no funcionamento do porto de Lisboa, prevendo-se a assinatura, no prazo de 15 dias, de “um novo contrato coletivo de trabalho”.
Da parte de sindicatos, operadores e administradores do porto de Lisboa, o acordo alcançado é também promissor, havendo a convicção expressa de que há novo fôlego para trabalhar, construir e voltar a recuperar para o porto de Lisboa muitas cargas, além de beneficiar uma paz social duradoura.
“Estamos certos que com esta paz social nos próximos anos e com investimentos por parte dos operadores, mais modernização, estamos certos que este porto voltará a ser outra vez um grande porto nacional, se não o maior como já foi”, disse ainda José Morais Rocha.
O sindicato e operadores estavam a negociar um acordo coletivo de trabalho desde janeiro, mas as negociações foram suspensas no início de abril apesar de existir consenso em várias matérias, segundo o Governo, que mediou este conflito.