Acessibilidades vão ser a grande prioridade das políticas de inclusão

O Teatro Capitólio, no Parque Mayer, em Lisboa, foi o palco do debate sobre políticas de inclusão promovido pelo Partido Socialista, no âmbito da campanha eleitoral para as eleições do próximo dia 6 de outubro.

No debate, moderado pela dirigente socialista Maria da Luz Rosinha, o Secretário-geral do PS, ouviu mais de três dezenas de testemunhos de casos reais, com particular incidência sobre questões práticas com que as pessoas com deficiência se confrontam na vida quotidiana, nomeadamente, na abertura de contas bancárias, de acesso a prestações sociais (caso especial dos cidadãos com autismo) e com queixas sobre preços muito altos na aquisição de óculos com graduação muito elevada.

“A grande prioridade da próxima legislatura é o tema das acessibilidades”, afirmou António Costa, um compromisso que, como salientou, irá permitir resolver alguns dos problemas referidos pelos participantes no debate.

“Faz falta fazer o que não foi feito. E um dos instrumentos fundamentais para o conseguirmos passa pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio, tendo em vista assegurar que, nos próximos sete anos, há verbas cuja utilização está condicionada à resolução do problema das acessibilidades”, sustentou.

O líder do Governo socialista concluiu que, “se esta conversa permitiu assinalar avanços importantes nestes quatro anos, tal se deveu ao facto de termos uma Secretaria de Estado para a Inclusão”, referindo-se ao cargo ocupado por Ana Sofia Antunes.

“Creio que os desafios que agora se colocam têm cada vez mais uma natureza transversal e têm cada vez mais a ver com questões de cidadania. De facto, a evolução da Secretaria de Estado da Inclusão para o centro do Governo ajudará a resolver problemas que têm a ver com a articulação com as diferentes áreas do executivo e também com as autarquias”, defendeu António Costa.

A secretária de Estado para a Inclusão e candidata socialista, Ana Sofia Antunes, salientou que, em outubro próximo, se conclui a terceira – e última – fase da medida “mais emblemática desta legislatura, com a criação da prestação social para a inclusão, que já terá ultrapassado os 96 mil beneficiários”.

Ana Sofia Antunes sublinhou, ainda, a abertura de 77 balcões para a inclusão, medidas adotadas pelo Governo socialista “para o turismo acessível” e, no desporto, “a celebração do primeiro verdadeiro contrato para atletas paralímpicos”.