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Abriu-se um novo ciclo político no país

Abriu-se um novo ciclo político no país

Estas eleições legislativas abriram um novo “ciclo político no país” com os portugueses a exigirem compromissos dos governantes, defendeu hoje o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sustentado que celebrar o 5 de outubro não é olhar sobre o passado mas antes “uma afirmação sobre o futuro que queremos ser”.

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Abriu-se um novo ciclo político no país

Fernando Medina falava na cerimónia solene comemorativa do 105º aniversário da implantação da República, no salão nobre dos Paços do Concelho, que pela primeira vez, desde a implantação da democracia em 1974, não contou com a presença do chefe de Estado.

O autarca começou por recordar que com a implantação da República se afirmaram valores como a liberdade, a igualdade e a fraternidade, tendo-se proclamado, ao mesmo tempo “causas como a educação, a saúde pública, os direitos das mulheres, o sufrágio universal ou o municipalismo”.

Referindo-se às eleições legislativas, Fernando Medina sustentou que elas serviram para “virar uma página”, com os portugueses a exigirem uma “verdadeira cultura do compromisso político”, também com a Europa, e por uma “ inversão na atual política económica”.

Quem não souber interpretar estes sinais, acrescentou, “não está à altura das exigências que o país tem pela frente”, considerando que sobre a Europa e a moeda única, a base do compromisso tem de assentar no “reconhecimento de que a pertença ao euro traz consigo um conjunto de constrangimentos que nenhuma governação pode ignorar”.

Neste sentido referiu que o largo consenso nacional sobre a participação de Portugal no projeto europeu deve passar, antes de mais, por assegurar as políticas e os instrumentos que “promovam a convergência económica e social do país com os parceiros mais avançados da Europa”.

O autarca lembrou depois que este é o tempo dos partidos darem as respostas às mensagens dos portugueses, conciliando a pertença à Europa e à moeda única, com a “mudança nas políticas económicas e sociais num quadro de negociação pluripartidária”.

Reconhecendo não ser este um exercício fácil, Fernando Medina lembrou que “são estas as escolhas soberanas dos portugueses” e que nenhum partido tem o “direito de deixar o país refém da instabilidade e da sucessão de crises políticas”.

Antes, na varanda dos Paços do Concelho foi hasteada a bandeira ao som do hino nacional tocado pela banda da GNR, cerimónia a que assistiram a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o vice-presidente da edilidade, Duarte Cordeiro e vários representantes dos partidos políticos.