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A sociedade precisa evoluir para uma economia circular

A sociedade precisa evoluir para uma economia circular

É preciso que os portugueses apostem na produção de bens que mantenham o seu valor económico por um tempo mais alargado e, desse modo, passar de meros consumidores a utilizadores, numa economia que se quer “circular”. A ideia foi defendida pelo ministro do Ambiente, durante um debate sobre as implicações do Acordo de Paris nas Pequenas e Médias Empresas (PME) promovido pela Associação Industrial de Aveiro.

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Serviços essenciais com fornecimento garantido

Segundo João Pedro Matos Fernandes, o Acordo de Paris constitui “um marco fundamental na definição do futuro”.

Isto porque, “não podemos continuar a acreditar que os recursos materiais existem para fabricar tudo aquilo que precisamos e precisaremos, sobretudo num mundo onde a classe média é cada vez maior e a população aumenta expressivamente”, frisou o governante.

A propósito dos desafios na produção de energia, Matos Fernandes referiu que são muito exigentes, mas manifestou-se confiante em que “Portugal conseguirá, sem sobressaltos, chegar aos 80% da energia elétrica produzida através de fontes renováveis em 2030”.

Sobre o Fundo Ambiental, o governante adiantou que este vai apoiar projetos e iniciativas ligadas à educação ambiental, contando para isso com uma dotação de 1,5 milhões de euros.

Este apoio para uma nova cultura ambiental insere-se na Estratégia Nacional para a Educação Ambiental (ENEA 2020), em vigor até 2020 e contando com um investimento de 24,5 milhões de euros.

Ambientalismo culto

A candidatura, de acordo com um comunicado do Ministério do Ambiente, decorre até ao final de julho corrente, admitindo organismos da administração pública, associações e empresas, entre outras entidades, sendo os projetos comparticipados até 70%.

Organizações Não-Governamentais do Ambiente também podem apresentar projetos, sendo a comparticipação, neste caso, de 95%.

A ENEA assume o compromisso de promover uma maior consciência ambiental da população, estimulando as competências, valores e atitudes da população no sentido de se projetar uma sociedade mais ativa, inovadora e ambientalmente culta.

O Governo do PS cumpre assim mais um compromisso assumido perante os portugueses, prevendo que já este ano seja possível “investir 1,5 milhões de euros em projetos de educação ambiental”.

Segundo Matos Fernandes, a ENEA relaciona-se com os objetivos de descarbonizar a sociedade, tornar a economia mais circular e valorizar o território, englobando 16 medidas fundamentais e apontando para uma educação ambiental mais transversal, mais aberta e participada.