A primeira prioridade é construir confiança
Num almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, o Secretário-geral do PS, garantiu ser fundamental “incutir confiança nas pessoas” com propostas sérias e sustentáveis, “como são as do PS”.
Importante, para o líder socialista, é a definição de uma estratégia de construção de uma alternativa para o país, consubstanciada nos documentos apresentados pelo PS: a Agenda para a Década, o cenário macroeconómico e o seu programa eleitoral.
António Costa explicou também que o apelo para uma maioria absoluta feito ontem por Cavaco Silva não é a garantia por si só para que haja um Governo estável, lembrando o exemplo do Executivo liderado por António Guterres, entre 1995 e 1999, que não obteve a maior absoluta mas que foi estável.
“Não é pelo facto de haver governos maioritários que são bons, assim como não é pelo facto de haver governos minoritários que são maus”, afirmou.
E isto, porque “o que hoje temos em Portugal”, salientou, é a concretização do “velho sonho da direita”: um Presidente, uma maioria parlamentar e um Governo, e ao fim de tudo isto “os portugueses deparam-se com um mau Governo” sem que consigam “vislumbrar qualquer benefício para as suas vidas”.
“Tenho hoje a certeza absoluta que o PS terá uma determinação ainda maior de vencer com uma maioria absoluta”, disse o líder do PS, manifestando igualmente a certeza de que os portugueses anseiam não só pela mudança de Governo, como também por uma mudança de políticas.
António Costa manifestou a certeza de que os portugueses votarão maciçamente no PS para que “tenha uma maioria” impedindo assim que o futuro do país fique preso por uma decisão que não é constitucional, referindo-se à intenção manifestada pelo Presidente da República de poder não dar posse a um governo minoritário.
“O professor Cavaco Silva está no fim da sua carreira política já bastante longa, está a poucos meses do fim do seu mandato e, como ele disse em tempos a propósito de outro Presidente da República, devemos aliviá-lo dos problemas e deixá-lo terminar com a maior dignidade as suas funções. A melhor forma de os portugueses o ajudarem a concluir o seu mandato, sem problemas acrescidos, é darem mesmo uma maioria ao PS”.