A grande responsabilidade
“Juro cumprir com lealdade as funções que me são confiadas”
O Partido Socialista volta a assumir a responsabilidade maior que se pode delegar num regime democrático: arcar com o governo da República.
Leal para com a República e sua lei fundamental, leal para com os melhores princípios éticos, leal para com a vontade maioritária concertada na câmara de onde emana o poder democrático do país aí representado, intransigente para com a captura indevida do Estado e do poder por vontades alheias ao processo democrático e ao melhor interesse da causa pública. Assim deverá ser, assim será.
O juramento publicamente declarado pela direção estrutural do governo recai sobre todos os que de alguma forma participarão ativamente da sua ação, fazendo parte de um movimento natural de muitos quadros técnicos e políticos que emprestarão a sua capacidade e competência à causa pública.
Independentemente dos objetivos políticos da governação, da legislação e execução do programa de governo e dos resultados a alcançar na corrente legislatura, reservo estas breves palavras no Acção Socialista para dar relevo a um outro aspeto correlacionado mas que merece nota destacada enquanto fator absolutamente crítico para a perenidade da democracia e sua revitalização enquanto espaço de participação cívica consequente e desejável: quem governa tem sobre si a enorme responsabilidade e poder para resgatar para a política a nobreza fundamental da sua função.
Tenho a esperança de que com uma boa dose de humildade, com tanto de inquietação quanto de dedicação e perseverança, alimentando a capacidade de manter a ligação diária com o país e com o mundo e afirmando, a cada momento, a total disponibilidade para melhorar, construindo sobre os inevitáveis erros da caminhada e sem nunca virar cara à prestação de contas, possamos vir a oferecer ao país um governo à altura da dimensão do desafio.
Bom trabalho!