“É chocante o ataque à porta d’A Barraca. Atores foram agredidos, a peça cancelada, e Maria do Céu Guerra viu o seu teatro, símbolo de resistência e liberdade, silenciado pelo ódio”, referiu Alexandra Leitão, manifestando “total solidariedade para com a equipa de atores e técnicos” da companhia.
Vincando que “toda a violência deve ser condenada”, a socialista deixou ainda uma mensagem em particular, sublinhando que “a cultura é o nosso escudo contra o extremismo”.
Refira-se, em contexto com o ataque ontem ocorrido, que em abril deste ano, na altura da entrega do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), o Partido Socialista pediu esclarecimentos ao Governo sobre o desaparecimento, na versão final do documento, do capítulo dedicado a organizações de extrema-direita, lamentado ainda, na ocasião, que PSD, CDS e Chega tivessem impedido a discussão do RASI no Parlamento.
“A ser verdade que foi retirado [referências a grupos de extrema-direita na versão final do documento], repito, como foi noticiado e não foi desmentido, naturalmente que é algo que nos preocupa muito”, sustentou, na altura, Alexandra Leitão.
Estando em causa “matéria de discurso de ódio e organizações de extrema-direita”, é “muito grave que tenha desaparecido”, alertou a então presidente do Grupo Parlamentar do PS.