“O PS vai ganhar o Algarve, não tenho a menor dúvida, e se vocês estiveram atentos puderam confirmar isso na volta que demos aqui”, disse Pedro Nuno Santos ao jornalistas já depois de percorrer o mercado dos produtores de Quarteira, concelho de Loulé, sempre acompanhado por Jamila Madeira, a cabeça de lista do PS pelo distrito de Faro.
Pelo trajeto foi ouvindo queixas de muitos populares sobre o IRS e as pensões, “truques” do Governo da AD que foi denunciando, falta de transportes públicos, mais casas e o estado de “desgraça” em que está a saúde.
“Vamos mudar, vamos derrotá-los”, garantiu o líder socialista em resposta.
Montenegro não conhece realidade dos pensionistas
O tema das pensões foi recuperado por Pedro Nuno Santos durante o almoço-comício em Olhão, para acusar o ainda primeiro-ministro de ignorar a realidade dos pensionistas.
“Quando nós ouvimos Luís Montenegro falar dos pensionistas, nós só conseguimos constatar e confirmar que ele não sabe qual é a realidade dos pensionistas em Portugal. Ainda ontem se congratulava com o facto de ter baixado o IRS e isso beneficiar os pensionistas”, disse, assinalando que a larga maioria dos pensionistas em Portugal “não paga IRS porque as pensões são baixas”.
“Na realidade, a redução do IRS para maioria dos pensionistas diz zero. Luís Montenegro não sabe do que fala porque não conhece os pensionistas”, criticou o Secretário-Geral do PS.
Já a cabeça de lista socialista pelo distrito, Jamila Madeira, destacou questões que considerou problemáticas no Algarve, como a seca, a habitação e a saúde, lembrando que, há um ano, a AD prometera resolver os problemas da água na região.
“Mas salvo – e sublinho salvo – que agora o São Pedro faça parte da política de estratégia da água da AD, fazendo chover como não chovia há 20 anos, aquilo que podemos dizer é que estamos perante a total inação deste Governo na política da água”, acusou.
Jamila Madeira assumiu também o compromisso do PS, ganhando as eleições de 18 de maio, de ser lançado, até ao final do ano, o concurso para a construção do novo Hospital Central, mas também do Centro Oncológico do Algarve, que “o PSD decidiu abortar” e que permitirá tratar no Algarve, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais de “3.500 doentes oncológicos por ano”.
A saúde, frisou, “sempre foi a prioridade do PS” e, nesta área, falou de um episódio recente em que a diretora do serviço de oncologia do Hospital de Faro foi demitida depois de uma visita do PS, por uma alegada “quebra de confiança institucional”.
“O que estamos a viver é muito grave. E por isso, uma vez mais, exortamos a direção clínica do SNS a intervir e a corrigir esta decisão persecutória e a corrigir a mão do conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Algarve, pois os hospitais do Algarve não são, não podem ser, nunca serão – e o PS impedirá sempre que assim sejam – geridos como se fossem sedes partidárias da AD”, salientou.
