Num discurso proferido durante o comício socialista realizado no Jardim da Liberdade da cidade escalabitana, no âmbito da campanha para as Legislativas de 18 de maio, Marcos Perestrello evidenciou que o atual chefe do executivo da AD está sempre a fingir: na saúde, educação, economia, inflação e contas públicas.
“Mas a verdade é que o saldo orçamental deixado pelo Governo do PS está a ser destruído e a dívida pública voltou a subir no primeiro trimestre deste ano”, elencou, acrescentando que “Montenegro finge também que governa, mas hoje [ontem] foi o próprio Passos Coelho, o ídolo do PSD, o eterno candidato a tudo, a explicar-lhe as reformas a fazer”.
O candidato socialista aproveitou o momento final do terceiro dia de campanha eleitoral para lembrar que o atual primeiro-ministro fingiu igualmente não ter querido eleições, frisando que fora o próprio Luís Montenegro a deitar o Governo da AD abaixo.
De seguida, fez notar que “a realidade desmente Luís Montenegro”, acrescentando que “o primeiro-ministro continua a fingir que a situação da sua empresa só é conhecida porque ele a deu a conhecer, mas é falso, porque foi a comunicação social que trouxe a empresa de Montenegro à luz do dia”.
“Também o programa de governo do PSD é a fingir, é uma fantasia, não se pode acreditar em nada do que lá está escrito”, avisou Perestrello, contrapondo com a credibilidade das propostas que o PS apresenta aos portugueses, afiançando tratar-se de um programa de governo “diferente” e com “um projeto claro para o país”.
Já a propósito da liderança da candidatura socialista, a antiga ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, usou também da palavra para falar sobre o lado humano de Pedro Nuno Santos e das competências e características que o tornam o candidato a primeiro-ministro mais bem preparado para responder ao país.
“O Pedro tem uma vida dedicada à missão pública”, afirmou, salientando que o líder do PS “não precisa de nascer duas vezes para ser uma pessoa séria”.
“Não precisas que nenhum dirigente do PS venha escrever artigos de opinião para sabermos que és uma pessoa de valor, séria, para sabermos que és uma pessoa que tem os valores e as características que queremos para primeiro-ministro de Portugal”, rematou a candidata socialista à presidência da Câmara de Coimbra.