Falando num almoço, em Lisboa, com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), o líder socialista partilhou a definição do futuro equipamento como “fundamental” para o país.
“A decisão foi tomada, mas há muito trabalho a fazer com a ANA, nomeadamente para garantirmos com a ANA que não explora os prazos todos contratuais até ao limite e conseguirmos, em conjunto, que seja possível antecipar, de forma significativa, os prazos que estão salvaguardados nos contratos”, afirmou Pedro Nuno Santos.
“Por isso, neste momento, aquilo que nós temos de garantir é que a empresa que tem a concessão dos nossos aeroportos se despache”, reforçou.
O Governo tinha estimado que o Aeroporto Luís de Camões entrasse em funcionamento em 2034, mostrando-se menos otimista do que a Comissão Técnica Independente (CTI), que apontava a conclusão da primeira pista para 2030 e um custo total da obra de 6.105 milhões de euros, tendo, a este propósito, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, lembrado que se passou mais um ano depois da apresentação do projeto do novo aeroporto de Lisboa e “nada evoluiu”.
Sobre a privatização da TAP, Pedro Nuno Santos salientou que a sua posição é a “mesma desde há muito tempo”, nomeadamente de que o Estado “deve ter a maioria do capital da TAP” e abrir “o capital a investimento estrangeiros, nomeadamente de outros grupos da indústria”.
“Hoje é sabido que os três principais grupos de aviação europeus estão disponíveis para entrar no capital da TAP sem ter controlo da companhia, eu acho que essa é a melhor opção”, defendeu.
Exigência de estabilidade política
Ainda no encontro, o líder socialista considerou que é preciso “exigir que seja garantida estabilidade política” para o país, em resultado das eleições de 18 de maio.
“Acho que nós só teremos estabilidade política em Portugal com uma vitória do Partido Socialista. E digo isto porque, infelizmente, de há dois meses para cá, e não termina com nenhum ato eleitoral, o ainda primeiro-ministro tornou-se a principal fonte de instabilidade política em Portugal”, assinalou.
O pior que poderia acontecer ao país, defendeu, era continuar, depois das eleições, “numa situação política que é instável”.
“Estou absolutamente convicto disso, e nós vamos trabalhar as duas semanas para explicar isso aos portugueses, que nós só teremos estabilidade política em Portugal com uma vitória do Partido Socialista”, referiu.
Pedro Nuno Santos argumentou também que é exigível que seja garantida a “reciprocidade” que o PS assegurou ao ter dado “todas as condições de governabilidade à AD” neste último ano, afirmando que “o mesmo deve acontecer se o Partido Socialista ganhar as eleições” e que seria “impensável” se isso não acontecer.
“Não é um favor ao Partido Socialista. É simplesmente respeitar o país. E já agora respeitar também, primeiro o país e os portugueses, e em segundo lugar um partido que quando estava na oposição deu estas condições de governabilidade”, apontou.
Para estas duas semanas de campanha até às eleições, o foco do líder do PS é, “com toda a humildade, dialogar com os portugueses”, apresentar o projeto e as propostas para o país e “alertar para esta dimensão de que a estabilidade política só vai ser conseguida com um Governo” liderado pelos socialistas.
“E então depois, no dia 18 de maio, tentarmos ter uma vitória e liderar uma mudança segura em Portugal, mas que nos permita iniciar o projeto e uma nova vida”, enfatizou Pedro Nuno Santos.