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SNS está em risco devido à “crise provocada” por este Governo

SNS está em risco devido à “crise provocada” por este Governo

O cabeça de lista do PS pelo Porto, Fernando Araújo, apontou que os problemas crescentes que se vivem na saúde são resultado de uma “crise provocada” pelo Governo e alertou que o SNS “está em risco”.

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“O que estamos hoje a viver não é uma crise inevitável, é uma crise provocada. Sim, provocada. Provocada por um Governo que prometeu tudo e não entregou nada”, disse o antigo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, no comício comício socialista de sábado, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Num discurso centrado no setor da saúde, Fernando Araújo lembrou que a AD “dizia que bastava mudar o Governo para resolver todos os problemas, mas em vez de soluções trouxeram desculpas”.

“Em vez de responsabilidade trouxeram propaganda, em vez de cuidar, estão a cortar, a fragmentar, a privatizar. Sempre que há um problema, a resposta é sempre a mesma, sempre: mais uma convenção com o privado e tudo fica resolvido”, acusou.

Fernando Araújo sublinhou, a propósito, que os responsáveis do Governo da AD “criam os problemas e depois apresentam os amigos do costume para os resolver”.

“Sabemos o que está acontecer. Sabemos o que não fizeram no verão e no inverno passado. Sabemos que há um projeto que não diz o seu nome mas que quer transformar o nosso direito à saúde num negócio”, observou.

O candidato socialista alertou que o SNS está mesmo “em risco”, acusando o executivo de Luís Montenegro de estar a minar um serviço que é essencial para os portugueses.

“Estão a virar médicos contra enfermeiros, a virar utentes contra profissionais, a virar o setor público contra o setor privado como se o caos fosse inevitável, como se a única saúde fosse vender o SNS”, notou.

Num discurso incisivo, o cabeça de lista do PS pelo Porto apontou ainda “aqueles que acham que as dificuldades se resolvem com planos baseados em ‘slides’ feitos por qualquer agência de comunicação”.

Pelo contrário, o ex-diretor executivo do SNS defendeu a existência de “projetos, ideias, equipas que se motivam e não se destroem, com liderança, com envolvimento, com responsabilidade, com humildade de corrigir o que pode e deve ser melhorado, ouvindo, envolvendo, motivando”.

Tempo de escolhas claras

Falando também no comício do Porto, o presidente da distrital socialista e diretor de campanha do PS para as Eleições Legislativas de 18 de maio, Nuno Araújo, vincou que este “é o tempo de escolhas claras” e de “assumir posições”.

“O país está a chegar a um limite, e o que decidirmos agora vai marcar os próximos anos. Estas eleições são uma escolha entre dois caminhos: o nosso, um caminho de coragem, e o outro, de cobardia; o nosso, um caminho de projeto, o outro de vazio; o nosso, um caminho com liderança firme, e o outro com um Governo à deriva”, considerou.

Já Sofia Pereira, a número dois pelo Porto e Secretária-Geral da Juventude Socialista, rejeitou “viver num país onde o cinismo dita a regra e onde o realismo mata a ambição”.

“Chegou a hora da coragem, chegou a hora de dar em conjunto, chegou a hora de exigirmos salários dignos, casas acessíveis, ensino superior sem propina e a saúde mental que não seja mais um tabu no nosso país”, vincou.

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