No final de uma visita ao lar de idosos do Centro Social de Pêro Pinheiro, em Sintra, Pedro Nuno Santos enfatizou que é preciso dar “mais atenção” à questão do envelhecimento e das condições de dignidade de vida dos mais velhos, um tema, como observou, de que se tem falado pouco e que é “uma prioridade” para o Partido Socialista.
“Deve haver um pacto nacional para esta área”, defendeu o líder socialista, frisando que é preciso reforçar os apoios sociais e “voltar a fazer o investimento que o país fez durante muitos anos” para alargar a rede de lares de terceira idade.
Pedro Nuno Santos acentuou que é também necessário adotar um novo paradigma de resposta integrada dos cuidados sociais e cuidados de saúde, passando de um “sistema que está centrado no hospital para que esteja centrado cada vez mais na comunidade”.
“Isso significa que nós precisamos de equipas multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, que façam acompanhamento dos doentes crónicos e dos mais velhos nas suas casa, quando isso é possível”, afirmou, reiterando o compromisso socialista nesta área, melhorando a qualidade de vida dos mais velhos e trazendo benefícios à capacidade do Serviço Nacional de Saúde.
Pedro Nuno Santos defendeu ainda que o pacto nacional para o envelhecimento deve também procurar valorizar as pessoas que trabalham nos lares e nas IPSS, considerando que o país “tem uma dívida para com esses homens e mulheres”.
“E tem a obrigação de conseguir encontrar soluções do ponto de vista da carreira, remuneratória, das condições de vida e de trabalho dos homens e das mulheres que se dedicam em todas as IPSS a cuidar dos nossos pais, filhos, a cuidar das pessoas com deficiência”, sustentou, acrescentando que tem de haver um “consenso nacional” para pagar melhor a essas pessoas.
Numa visita em que esteve acompanhado pela candidata socialista à Câmara Municipal de Sintra, Ana Mendes Godinho, e pela cabeça de lista às Legislativas por Lisboa, Mariana Vieira da Silva, Pedro Nuno Santos reiterou ainda o compromisso de que um Governo do PS irá fazer “aumentos extraordinários” e “permanentes” das pensões, sempre que a economia o permitir, acima dos valores previstos pela lei.
Para o Secretário-Geral do PS, essa é a “política correta”, de valorização real dos rendimentos dos pensionistas, por oposição à da AD, “que prefere dar bónus pontuais que não se refletem no aumento permanente da pensão”.
País vive cada vez mais instabilidade e caos no SNS
Pedro Nuno Santos criticou ainda a situação de “instabilidade e caos” que se vive no SNS, numa altura em que oito urgências vão estar fechadas este sábado e dez no domingo de Páscoa.
Lembrando que o primeiro-ministro tinha prometido que “iria resolver, de forma rápida e fácil os problemas da saúde”, o líder socialista salientou que “o que nós verificamos, infelizmente para os portugueses, é que os problemas da saúde se estão a agravar”.
Pedro Nuno Santos apontou que o “principal responsável” pela atual situação no SNS é Luís Montenegro, que falhou aos portugueses, e a segunda responsável é Ana Paula Martins, atual ministra da Saúde, que é “também candidata a deputada, o que indicia que Luís Montenegro não retirou nenhuma consequência do que aconteceu no último ano”.
“Por isso, nós precisamos mesmo de uma mudança, de uma mudança segura em Portugal”, defendeu o Secretário-geral socialista.