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Truques de Montenegro “têm a perna curta”

Truques de Montenegro “têm a perna curta”

O porta-voz da candidatura socialista às Legislativas, Marcos Perestrello, apontou ontem que a “verdadeira montenegrização” a que os portugueses estão a assistir é a da instabilidade política, provocada pelo atual primeiro-ministro, com truques, manipulações e falta de transparência que estão a paralisar a vida do país.

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“Luís Montenegro esquece que os truques são como as mentiras, têm a perna curta. Não há truques ou mentiras que escondam que Luís Montenegro não melhorou o que estava mal e piorou o que estava bem”, disse o dirigente socialista, em conferência de imprensa na sede nacional do PS.

“O primeiro-ministro vem agora queixar-se da instabilidade política e diz que o país não pode parar. Mas essa é precisamente a grande obra de Luís Montenegro, a instabilidade política, e é precisamente a instabilidade política que está a parar o país. Essa é a verdadeira montenegrização do país de que falou ontem Luís Montenegro”, contrapôs Marcos Perestrello, numa referência à expressão usada na véspera pelo primeiro-ministro.

O porta-voz socialista vincou ainda que a instabilidade que o país vive foi causada “pelos truques, pelas mentiras, pelas meias verdades, pelas manipulações e pela falta de transparência” que têm pautado a ação do líder da AD.

“Há um ano, Luís Montenegro fez uma campanha eleitoral em torno dos conflitos de interesses, das incompatibilidades e da prevenção de riscos. Toda essa conversa desapareceu”, notou, ironizando que “Luís Montenegro tratou da ética dos conflitos de interesses com tanta transparência que este ano o assunto ficou invisível no programa de governo da AD”.

“Certamente não foi por acaso ou desatenção. A única estabilidade real é aquela que assenta na verdade, na experiência e na visão para o país. E a única promessa segura que Luís Montenegro nos pode fazer hoje é a da instabilidade e a da paragem do país”, condenou o porta-voz do PS.

Marcos Perestrello apontou ainda que “os trunfos eleitorais” agora reclamados pelo líder da AD, como a solidez económica do país ou a estabilidade financeira, são “a herança direta do Governo do PS”, fazendo notar que, apesar do legado de “contas certas” que recebeu dos governos socialistas, o Governo PSD/CDS gastou o excedente herdado, degradando o saldo orçamental, enquanto “cortou as fitas das obras lançadas pelos governos socialistas e agravou os problemas que existiam”.

“Nas áreas com problemas, como a saúde, a educação ou a habitação, esses problemas agravaram-se e o Governo procurou mascarar a realidade com truques”, observou, aludindo também à questão do IRS, para lembrar que o executivo da AD começou por prometer uma descida de impostos “que já estava aprovada pelo Governo do PS”.

“E depois, com a alteração das tabelas de retenção do IRS, Luís Montenegro quis, mais uma vez, enganar os portugueses com truques, criando a ilusão de que tinha feito uma nova descida do IRS, mas agora as famílias estão a pagar quando antes recebiam reembolsos do IRS. Os truques, repito, são como as mentiras: têm as pernas curtas”, rematou o porta-voz socialista.

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