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“Faremos o nosso trabalho para ter a confiança da maioria do povo português”

“Faremos o nosso trabalho para ter a confiança da maioria do povo português”

Pedro Nuno Santos reafirma que o Partido Socialista se apresenta às Legislativas antecipadas de maio com um programa “sério, cauteloso, credível” e “focado nas famílias”, concebido para melhorar a vida das pessoas e para construir um futuro mais seguro para todos, acusando a Iniciativa Liberal de querer fazer avançar Portugal “contra uma parede” com medidas irresponsáveis e radicais.

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No frente a frente com o líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, o Secretário-Geral do PS defendeu, ontem, as propostas socialistas para habitação, impostos e Estado social, evidenciando, mais uma vez, que o Partido esteve sempre à altura das suas responsabilidades e que o país precisa de “gente séria na sala”.

Ao reiterar, neste seu segundo debate televisivo, desta feita na RTP, que o objetivo da atual candidatura do PS passa por “mobilizar os portugueses para uma estratégia de mudança”, o líder socialista evidenciou importantes divergências entre os dois projetos políticos em confronto esta quinta-feira, nomeadamente nas questões económicas e de opção fiscal.

O líder socialista acusou a IL de querer “fazer avançar Portugal contra uma parede” ao propor um programa “irresponsável e profundamente radical”.

Neste ponto, avisou que a IL não pode falar de moderação quando inclui no seu programa medidas como a privatização da TAP, da Caixa Geral de Depósitos ou do serviço público de televisão.

Pedro Nuno Santos falou das semelhanças entre os projetos da IL e da AD na redução do IRC, uma medida que, indicou, “custa mais do que as propostas eleitorais do PS”, reiterando que o programa socialista “é sério, cauteloso, prudente, realista” e construído “com base num património financeiro de oito anos que queremos preservar”.

Criticando Rui Rocha por ter desprezado a proposta do IVA zero dos bens alimentares, o líder socialista lamentou que a IL se limite, na atual contenda, a “apresentar reduções fiscais para tudo”.

“É a solução mágica da IL e julgo que se perguntássemos a Rui Rocha como é que se pode resolver o problema da calvície em Portugal, ele diria que é baixando um imposto”, ironizou.

Sobre a ideia liberal de criar uma estrutura única para liderar a transformação digital e a modernização do Estado, o Secretário-Geral socialista considerou “caricato” que os liberais proponham um novo organismo para terminar com redundâncias, comparando-o com a motosserra do mandatário argentino de extrema-direita, Javier Milei, a “cortar o Estado social”.

“Tenho orgulho no trabalho que fiz”

Já em resposta à manobra de distorção do seu passado à frente do Ministério das Infraestruturas do anterior Governo do PS, em temas como a TAP e a CP ou a decisão do novo aeroporto, Pedro Nuno Santos fez notar que “Rui Rocha não tem experiência governativa e não tem nada para mostrar, nem de bom nem de mau”.

E denunciou a repetição por parte do líder da IL do “número da TAP”, deixando claro que o seu adversário desconhece a importância desta companhia para a economia do país, simulando esquecer que os socialistas conseguiram colocar a transportadora aérea portuguesa a dar lucros vários anos consecutivos.

“Eu tenho orgulho no trabalho que fiz”, pontualizou, lembrando também que liderou “o início de uma revolução na ferrovia” na tutela da CP.

Em matéria de habitação, Pedro Nuno Santos recordou igualmente ter lançado um dos maiores programas de construção pública, voltando a referir que as casas entregues pelo atual Governo se devem a esse programa.

Atacou depois a proposta da Iniciativa Liberal de redução do IVA na construção de habitação, por entender que tal medida “beneficiaria quem constrói casas de luxo e não quem precisa”.

Governo começou e acabou mandato com truques no IRS

Quanto à possibilidade de haver uma aliança pós-eleitoral entre a Iniciativa Liberal e a AD, Pedro Nuno Santos assinalou a importância reforçada de concentrar o voto no PS, para de seguida sublinhar que não se podem ignorar as razões que levaram o país a estas eleições.

Censurou, então, o executivo de Luís Montenegro por ter começado e acabado o mandato “com um truque do IRS”, afirmando que o Governo fez uma alteração aparentemente “muito generosa” das tabelas de retenção na fonte porque “estava a contar com eleições antecipadas naquela altura”, mas “o truque saiu-lhe furado”.

O líder do PS aproveitou ainda para responder ao primeiro-ministro, que ontem disse ser preciso adultos na sala, para atirar que aquilo que é realmente preciso no momento que o país vive é “gente séria na sala”.

Neste particular, aproveitou para desmontar as afirmações de Rui Rocha sobre a suposta responsabilidade da IL, lembrando que “quem teve responsabilidade para viabilizar o Orçamento de Estado do Governo da AD foi o PS, não a IL”.

A finalizar o debate, o líder socialista deixou claro que o PS está concentrado nesta campanha em dialogar com os portugueses para derrotar a Aliança Democrática.

“O PS tem de ganhar estas eleições, que é a única alternativa à AD”, enfatizou, voltando a assegurar que os socialistas farão o seu trabalho “para ter a confiança da maioria do povo português”.

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