Ao visitar a Festa Internacional das Camélias, no passado sábado, o Secretário-Geral socialista não deixou de criticar a incompetência que o executivo da AD tem demonstrado ao longo do seu mandato, acusando-o de ter falhado na gestão do Estado.
Naquilo que anuncia como estando bem, “o Governo fala apenas daquilo que já estava bem há um ano”, sublinhou o líder do PS, frisando que o executivo chefiado por Luís Montenegro está “esgotado” e “não tem credibilidade”.
“Esgotou-se no dia em que esgotou o excedente orçamental que herdou dos governos do PS”, atirou Pedro Nuno Santos, considerando que, “neste momento, deste Governo não resta nada”.
“Não há nenhuma transformação em curso”, afirmou, evidenciando a “falta de visão e propósito” da equipa governativa de Montenegro.
Ao sustentar que Portugal precisa de um Governo “que inspire os portugueses, que lhes dê esperança, que lhes dê segurança, que queira governar para todos e não apenas para alguns”, o Secretário-Geral socialista contrapôs com a realidade da atual governação de direita, vincando que a incompetência do executivo fica clara pelo estado do Serviço Nacional de Saúde.
“É também um Governo que governa para a minoria da população, como todos os governos do PSD”, censurou.
A ética é uma obrigação de todos os políticos
Ainda a propósito dos casos que envolvem o primeiro-ministro e do impacto que estes terão no combate político nas próximas semanas, Pedro Nuno Santos mostrou-se determinado em fazer uma campanha a falar dos problemas do país, “sem ignorar que a ética é uma obrigação de todos os políticos”.
“Quando ouço alguns dirigentes do PSD a criticarem o PS porque fala da ética e da transparência, fico ainda mais preocupado, porque a preocupação com a ética e com a transparência é dos partidos democráticos, não é dos populistas”, disse aos jornalistas.
E asseverou: “Nesta campanha tudo interessa. Por isso é que eu disse que as escolhas vão ser entre dois projetos e duas lideranças. A credibilidade e a idoneidade do primeiro-ministro são fundamentais, mas também um projeto”.
Depois, o líder socialista voltou a lembrar claro que o país vai para eleições “por causa de um caso que envolve o primeiro-ministro, da falta de explicações que eram devidas da parte de Luís Montenegro e por ter marcado as eleições através de uma moção de confiança”.
Sobre cenários pós eleitorais, o Secretário-Geral do PS reiterou que o Partido já se encontra a trabalhar e a fazer campanha “focado numa vitória”.
“Vamos tentar mobilizar o povo português para termos condições de haver um Governo duradouro, que dê segurança ao povo português e que garanta oportunidades para todos”, enfatizou, vincando que “isso só se consegue com o Partido Socialista”.