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Portugal precisa de iniciar uma nova fase política com estabilidade e confiança

Portugal precisa de iniciar uma nova fase política com estabilidade e confiança

O país precisa de ver a sua situação política clarificada após a queda do Governo da AD. Para isso, Pedro Nuno Santos defende que os portugueses devem ser chamados às urnas “o mais depressa possível”.

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À saída da audiência com o Presidente da República, hoje, no Palácio de Belém, o Secretário-Geral do PS deixou claro que os socialistas aguardarão com serenidade a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, sabendo que “as novas eleições não eram o cenário desejável para ninguém, mas são agora a única forma de clarificar a situação política nacional”.

“Não devemos olhar para os atos eleitorais como um estorvo para a nossa vida democrática”, sustentou o líder socialista, vincando que uma ida antecipada às urnas constitui, no momento atual, “a única oportunidade para desbloquearmos a situação de crise para a qual o país foi arrastado”.

“E para iniciarmos uma nova fase da vida política em Portugal com estabilidade” sustentou, apontando como “fundamental” a restituição da confiança dos portugueses “nas instituições, no Governo e no primeiro-ministro”.

“Só assim o país poderá seguir em frente, resolver os seus problemas antigos e os novos, nomeadamente aqueles que não foram resolvidos no último ano”, frisou Pedro Nuno Santos, considerando que “Portugal precisa de um propósito, uma missão, um desígnio”, algo que ficou por definir na governação chefiada por Luís Montenegro.

Insistindo na urgência de avançar para uma nova fase política no país, o Secretário-Geral socialista destacou a importância de deixar para trás o período de instabilidade que se tem vivido na política nacional, “para podermos avançar com as respostas aos problemas que atingem a vida dos portugueses e para cuidarmos do nosso Estado social”.

Questionado sobre o novo ciclo governativo que advirá de novas eleições antecipadas, o líder do PS deixou claro que trabalhará admitindo apenas a vitória e exigindo a um PSD na oposição as mesmas condições de estabilidade que o PS tem proporcionado nesta legislatura.

“O Partido Socialista vai estar nesta campanha para ganhar as eleições. É o único cenário em que nós trabalhamos e, obviamente, que aquilo que nós fizemos durante este último ano na oposição foi garantir condições de estabilidade para que a AD pudesse governar”, afirmou, reforçando que o PS exige “nada mais do que o mínimo” do que considera que deu ao executivo PSD/CDS-PP “no último ano”.

Não podemos andar de eleição em eleição

E considerou que o PS tem legitimidade para fazer esta exigência, assinalando tratar-se de um direito que assiste também ao povo português e que passa essencialmente por “poder ter estabilidade” porque “não podemos andar de eleição em eleição”.

Neste ponto, apontou a necessidade de “dar esperança aos portugueses” para que “sintam que é possível viver melhor em Portugal” e que há “pelo menos um caminho de resolução” para os problemas, transformando e modernizando a economia “para que o povo português possa ter melhores salários e casa”.

“Sendo marcadas as eleições, iniciaremos uma campanha eleitoral e o Partido Socialista vai tentar, obviamente, mobilizar o povo português para uma vitória”, reiterou, escusando-se depois a comentar a abertura pelo Ministério Público de uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e a empresa familiar Spinumviva, optando por esperar “com cautela, prudência e respeito” o trabalho das outras instituições do Estado.

“O PS, eu próprio, estamos preparados para esta nova fase da vida política portuguesa”, concluiu.

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