A socialista, que intervinha no debate da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) sobre a necessidade urgente de acabar com a crise humanitária em Gaza, sublinhou que, “depois de mais um ano devastador de guerra entre Israel e o Hamas, um cessar-fogo foi finalmente alcançado”. No entanto, o cessar-fogo não acabou com a crise humanitária.
“Os palestinianos precisam de paz para reconstruir as suas vidas e as suas casas”, apelou a presidente da delegação portuguesa à APCE, pedindo que se acabe com os bombardeamentos e a violência, uma vez que “as mulheres e as crianças da Palestina têm o direito de viver em paz”.
Edite Estrela reforçou que “os contínuos bombardeamentos e operações terrestres causaram inúmeras mortes de civis e deixaram a população sem acesso a serviços humanitários básicos ou a refúgio seguro”, o que representa “uma grave violação do direito humanitário internacional e dos direitos das crianças”.
Assim, a paz tem de ser alcançada juntamente com justiça e um compromisso com os direitos humanos e o Estado de direito, defendeu a socialista, acrescentando que “a comunidade internacional deve também garantir que organizações como a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente não sejam prejudicadas no seu trabalho vital”.
Edite Estrela recordou que as crianças na Faixa de Gaza “continuam sem acesso à educação, sem acesso a cuidados de saúde, sem alimentação, sem casa e sem família”. Na maioria dos casos, estas crianças “sofrerão ao longo da vida os efeitos da guerra, das muitas deficiências, do que viram, ouviram e sofreram”, lamentou.