Durante o jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS, que contou com a presença do presidente honorário Manuel Alegre, do presidente do Partido Socialista, Carlos César, e do Secretário-Geral, Pedro Nuno Santos, Alexandra Leitão considerou a atual sessão legislativa “exigente”, mas assegurou que o PS continuará a “expor a incompetência e a falta de transparência da governação da AD, que resulta sempre na fragilização dos serviços públicos em setores fundamentais como a saúde, a educação e a segurança social”.
A presidente do Grupo Parlamentar lembrou a responsabilidade que sempre orientou o Partido Socialista e as “medidas com impacto na vida das pessoas” que o PS apresentou, como o “aumento extraordinário para as pensões mais baixas; a redução do IVA da eletricidade para a taxa reduzida para mais de três milhões de portugueses; a eliminação das portagens das ex-SCUT; o aumento da despesa dedutível em IRS com arrendamento; o alargamento do apoio ao alojamento estudantil; o programa de reabilitação das escolas”. Alexandra Leitão recordou, ainda, que os partidos da direita se juntaram contra medidas fundamentais como a criação de uma dotação específica para investimento em habitação a preços acessíveis e alojamento para estudantes; e a criação de um regime de dedicação exclusiva ao SNS”.
Enunciando outras prioridades, referiu que o PS deu recentemente entrada a iniciativas que promovem “a proteção das crianças e jovens em risco” e a um “pacote legislativo que reforça a autonomização das vítimas” de violência doméstica, acrescentou.
AR transformou-se no palco de ataques gratuitos
A presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou ser também do dever dos socialistas “travar o avanço da extrema-direita” e lamentou que a Assembleia da República se tenha transformado, “muitas vezes, no palco de ataques gratuitos e perigosos e no exemplo da degradação do debate político”.
“Os limites da decência e da urbanidade foram tantas vezes ultrapassados, que quase caímos na tentação de condescender, mas aceitar insultos e intolerância em nome desta falsa ideia de liberdade de expressão é só o primeiro passo para normalizar o racismo, a misoginia e a xenofobia”, avisou.
Vendo todos os dias “o Governo da AD ceder à agenda da extrema-direita”, Alexandra Leitão deixou um alerta: “Este perigoso alinhamento com o populismo não resolve problemas estruturais, apenas os instrumentaliza”.
E criticou o executivo por, “em vez de enfrentar os desafios do país, procurar atalhos fáceis e ceder à pressão populista”.
“Primeiro cedem no discurso, depois cedem nas políticas e, quando damos conta, a extrema-direita deixou de ser a sombra e passou a ser o centro da ação governativa”, asseverou a líder parlamentar do PS.