Numa declaração dirigida aos açorianos, o presidente do PS/Açores começou por lembrar que “o Partido Socialista sempre se afirmou disponível para viabilizar, através de uma abstenção, o Orçamento da Região Autónoma dos Açores”, ainda que consagrasse “um conjunto de políticas erradas, de que discordamos, dirigidas apenas a alguns, privilegiados, em detrimento da maioria do povo açoriano”.
Neste sentido, prosseguiu Francisco César, e porque “é importante termos um Orçamento em vigor” e “termos estabilidade política, livres da influência de partidos extremistas, fascistas, ignorantes e irresponsáveis como o Chega”, o PS procurou “construir consensos” com o Governo Regional, “através do diálogo, da negociação discreta e leal”, consubstanciada na apresentação de mais de 20 propostas concretas, enviadas previamente ao debate orçamental.
“Ontem, o Governo Regional tornou clara a sua opção política em termos de parceiro preferencial, ao ceder ao Chega, na proposta de atribuição de uma discriminação negativa de crianças, entre os 5 meses e os três anos de idade, no acesso às creches. Como sempre dissemos, há matérias que são inegociáveis para o PS. Podemos discutir como é que alargamos a rede de creches, mas nunca poderemos negociar que crianças teremos de retirar das creches ou castigar crianças pelas dificuldades dos seus pais”, vincou.
Por tudo isto, sustenta Francisco César, e também “pelo facto de, aparentemente, quase nenhuma proposta de alteração do PS poder vir a ser aprovada, torna-se, infelizmente, impossível, podermos viabilizar o Orçamento da Região para o ano de 2025”.
“O Governo Regional escolheu o seu caminho. Deve agora assumir as suas responsabilidades. Nós, hoje, como sempre, sabemos quais são as nossas”, conclui o líder do PS/Açores.