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Abre-se um novo tempo de esperança

Abre-se um novo tempo de esperança

O ano de 2020 que agora está a terminar foi um tempo de “combate, de dor e de resistência” por causa da pandemia de Covid-19, referiu o primeiro-ministro na sua mensagem de Natal, expressando “especial gratidão” aos profissionais de saúde.

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Abre-se um novo tempo de esperança

Na sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro defendeu que por causa da pandemia de Covid-19 os portugueses, em 2020, foram colocados perante o “maior desafio das suas vidas”, não só pelas consequências que a doença trouxe a nível sanitário, mas também pelos efeitos nefastos que teve na economia e nas questões sociais.

Mas um novo tempo de esperança está a chegar, como garantiu, lembrando a este propósito o início do processo de vacinação, que “mesmo sendo um processo faseado e prolongado no tempo”, como assinalou, dá “renovada confiança, graças à ciência, de que é mesmo possível debelar a pandemia”.

De acordo com António Costa, com esta nova janela de esperança trazida pela vacina contra a Covid-19, abre-se também uma outra certeza de que Portugal poderá contar durante o próximo ano com a “solidariedade reforçada da União Europeia” no apoio ao esforço nacional de “iniciar uma recuperação sustentada da sua economia”, que permita, como salientou, “não só superar as dificuldades que atualmente vivemos”, mas, sobretudo, “enfrentar os problemas estruturais que historicamente têm limitado o potencial desenvolvimento do país”.

Apoios europeus que vão ajudar a concretizar e a dar resposta, ainda segundo o líder do executivo, aos desafios estratégicos que o Governo definiu para o futuro de Portugal, permitindo abrir às novas gerações novos “horizontes de um país mais justo, mais próspero e mais moderno”.

O papel determinante dos portugueses

Depois de garantir ser uma “enorme honra” poder estar “ao serviço do país”, António Costa manifestou especial gratidão aos portugueses pela sua inegável “capacidade de adaptação, de sacrifício, de disciplina e de responsabilidade cívica” perante o desafio da pandemia, lembrando que a doença transformou profundamente a vida das pessoas, sendo que se algum sucesso houve na contenção da pandemia, como mencionou, deve-se à “resiliência e à comunhão de um povo que soube manter-se coeso na adversidade e coletivamente irmanado neste desígnio comum de travar a expansão de um vírus que a todos ameaça”.

Uma ameaça que se mantém, como referiu, apesar de o processo de vacinação ter já começado, que exige que todos continuem a “cumprir as regras e a adotar os comportamentos que são decisivos para salvar vidas”, tendo nesta ocasião o primeiro-ministro transmitido a sua gratidão aos que “prestam assistência a quem dela necessita”, sejam funcionários dos lares, da Segurança Social, militares das Forças Armadas ou elementos das Forças de Segurança, mas também um especial agradecimento não só à comunidade científica, mas também aos professores, que “nunca abandonaram os seus alunos, mesmo quando as escolas tiveram de encerar”.

Um agradecimento que o primeiro-ministro estendeu ainda a todos os setores que, de forma “ininterrupta, desde março, mantiveram o país a funcionar”, e que na agricultura, na indústria e no comércio, “têm garantido que nada de essencial nos tenha faltado”, destacando de forma especial os profissionais de saúde que “dia e noite dão o seu melhor para tratar quem está doente, tantas vezes com sacrifício de folgas, tempo de descanso e contacto com a sua própria família”.

Nesta sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro expressou ainda uma palavra de solidariedade e de pesar às famílias enlutadas pela perda dos seus entes queridos que “sucumbiram a este vírus”, dirigindo também às famílias que têm familiares doentes, ou em isolamento profilático, votos de “rápida recuperação”, não esquecendo António Costa de manifestar gratidão aos muitos portugueses da diáspora que este ano não puderam vir a Portugal na quadra natalícia para “matar saudades dos seus familiares e do país”.

Medidas “duras mas necessárias”

Para além de todos as consequências nefastas que esta pandemia trouxe ao país, mergulhando-o desde março num imenso turbilhão de problemas, há ainda que acrescentar, como lembrou o primeiro-ministro, “as graves consequências económicas e sociais”, daqui decorrentes, lamentando a “dureza de muitas das medidas que o Governo foi obrigado a adotar ao longo deste ano” que agora está prestes a terminar, medidas que foram necessárias, como lembrou, que passaram pela “limitação de algumas liberdades, proibindo atividades ou adiando projetos de vida”, tudo, como sustentou, com o único objetivo de “salvar vidas, de defender a saúde pública, conter a transmissão do vírus e garantir capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”.

Referindo ter plena consciência que muitas das medidas ratificadas são restritivas da liberdade, “duras, mas necessárias”, o primeiro-ministro fez questão de assinalar que o seu Governo tem procurado responder às consequências da pandemia com “equilíbrio e bom senso”, aprendendo todos dos dias a “lidar com a novidade e a readaptar-se permanentemente perante o imprevisto”, garantindo que “nunca regateou” esforços, como de futuro nunca o fará, na utilização dos recursos próprios do país e de reivindicar junto da União Europeia tudo o que for necessário para “combater a pandemia e aliviar o sofrimento dos portugueses”.